“Europa tem de se reposicionar e apostar naquilo que é forte”
Taleb Rifai, secretário-geral da Organização Mundial de Turismo, defende que os destinos europeus devem apostar em novas formas de negócio.
Raquel Relvas Neto
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Apostar em áreas do turismo onde os destinos europeus são fortes é o principal desafio que a Europa tem de se focar, segundo Taleb Rifai, secretário-geral da Organização Mundial do Turismo, que falou, esta segunda-feira, no almoço mensal da Associação de Hotelaria de Portugal, com o tema “The tourism in Europe: thriving or surviving?”.
Para o responsável, a Europa, que é o primeiro destino turístico mundial, “tem de se reposicionar e de parar de se preocupar com o market share. Mas focar-se em investir naquilo em que são melhores.” “A Europa não pode manter o market share que tem neste momento, porque outros destinos estão acordar”, acrescentou.
Taleb Rifai enumerou o ‘know how’, a experiência, inovação, história, qualidade, formação como áreas de negócio que a Europa pode desenvolver. Tirar partido destas características da Europa, de forma a “elevar os standards de outros destinos mundiais aos nossos standards. O mundo está à espera disso.(…) Isso é o tipo de liderança que a Europa pode e conseguirá liderar.”
O secretário-geral da OMT realçou que as viagens vão continuar a crescer, pois fazem parte dos orçamentos familiares, por muito reduzidos que possam por vezes ser. Taleb Rifai considerou que “viajar não é um luxo ou uma necessidade, é um direito humano, o direito a viajar, a aprender, a relaxar, a ver outros, a viver outras experiências”.
Taleb Rifai aproveitou o almoço, que contou com a presença do secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, para realçar que a questão dos vistos, da conectividade aérea e as taxas aplicadas ao sector turístico funcionam “como obstáculos ao crescimento do turismo”. No que refere às taxas, o responsável acrescentou que existem problemas na sociedade que devem ser partilhados e devem contar com a contribuição de todos, “mas deve haver um limite para isso. O turismo é de facto encarado como uma actividade económica ou como algo semelhante ao álcool e aos cigarros, que aí sim temos de desencorajar as pessoas de o fazerem? As taxas que desencorajam as pessoas de viajar são destrutivas. Taxas que são feitas para recolher contribuições dos viajantes, são legítimas. Temos de ser muito razoáveis sobre isto”.
O turismo “deve ser prioritário na Europa, cria mais trabalhos do que nunca e é uma das mais resilientes economias”, concluiu.