Edição digital
Assine já
PUB
Distribuição

Agências de viagens: o sector reactivo

Numa altura em que o negócio das agências de viagens é cada vez mais desafiante, seja pelas novas tecnologias ou pela concorrência do mercado, o Publituris quis saber como está o sector e quais os problemas reais que estes encaram. A relação com os fornecedores e os desafios do futuro foram alguns dos temas em… Continue reading Agências de viagens: o sector reactivo

Raquel Relvas Neto
Distribuição

Agências de viagens: o sector reactivo

Numa altura em que o negócio das agências de viagens é cada vez mais desafiante, seja pelas novas tecnologias ou pela concorrência do mercado, o Publituris quis saber como está o sector e quais os problemas reais que estes encaram. A relação com os fornecedores e os desafios do futuro foram alguns dos temas em… Continue reading Agências de viagens: o sector reactivo

Sobre o autor
Raquel Relvas Neto
Artigos relacionados
Formação Executiva em Turismo Militar inicia-se a 4 de abril
Emprego e Formação
Hotéis de Macau fixam novo recorde de hóspedes pelo segundo mês consecutivo
Hotelaria
Cidade da Praia vai ganhar primeiro 5 estrelas sob gestão do Grupo Barceló
Alojamento
Hotelaria de Cabo Verde bate recorde de hóspedes em 2023
Hotelaria
Flixbus aumenta viagens domésticas e internacionais para a Páscoa
Transportes
Hotéis da Guestcentric já alcançaram 40% das receitas de 2023
Hotelaria
Pegada de carbono da aviação europeia cresceu 16% em 2023
Aviação
Royal Caribbean International abre novo clube de praia privado em Cozumel em 2026
Transportes
EUA e Reino Unido destacam-se nas viagens ‘outbound’ nesta Páscoa
Destinos
ERT do Alentejo e Ribatejo aprova contas de 2023
Destinos

Numa altura em que o negócio das agências de viagens é cada vez mais desafiante, seja pelas novas tecnologias ou pela concorrência do mercado, o Publituris quis saber como está o sector e quais os problemas reais que estes encaram. A relação com os fornecedores e os desafios do futuro foram alguns dos temas em debate, que decorreu no Olissippo Oriente Hotel, em Lisboa. GEA, Airmet, RAVT, Halcon e Orbita Viagens responderam ao repto.

mesa redonda
A dias de começar mais um congresso nacional da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT), o Publituris juntou representantes de grupos e agrupamentos de agências de viagens independentes para fazer uma análise do sector da distribuição em Portugal. Focámo-nos essencialmente nos dilemas relativos às agências de viagens tradicionais retalhistas. Quais os constrangimentos da actividade e da sua classe, bem como a qualidade das parcerias foram alguns dos temas abordados.

Balanço do ano
2016 tem sido um ano frutífero para o Turismo em Portugal. Os dados estão aí, com as receitas turísticas a crescerem 10% até Setembro. Um pouco por todo o lado, governantes e empresários têm manifestado os bons ventos do sector. A área da distribuição turística não é alheia a esta tendência positiva. Apesar de alguns constrangimentos verificados na época alta, com greves, atentados e problemas com companhias aéreas num dos principais destinos para o turista português, a opinião é unânime: foi um ano de crescimento. Mas ninguém melhor para comprovar estes resultados do que os intervenientes convidados.
pgoncalves Para Paula Gonçalves, sócia-gerente da Orbita Viagens e Turismo, “este ano correu muito bem a nível de vendas e notou-se que o cliente reservou mais cedo e não tão em cima da hora. Está mais preocupado em marcar mais cedo para ter disponibilidade de lugares”.
Também a CEO da RAVT, Maria José Silva, considera que em 2016 as vendas verificadas foram superiores ao ano anterior, “com uma produção maior em dois e três dígitos. (…) Tivemos mais dinâmica, operação e procura. Verificou-se venda de produto com maior rentabilidade”. Porém, Maria José Silva caracteriza 2016 como “um ano misto”, pois nem tudo correu bem, nomeadamente, os problemas que se fizeram sentir durante a época alta: “Tivemos as greves no aeroporto [de Lisboa, sobretudo]; os problemas da Everjets num dos destinos mais procurados nos últimos anos; os atentados, que nos desviaram produto de ‘business’, sobretudo para quem tem corporate; tivemos uma quantidade de dores de cabeça durante o ano inteiro”.

Com um crescimento de 7,5% nas vendas em operadores e similar em centrais hoteleiras, o Grupo GEA verificou também um ano positivo. No entanto, Pedro Gordon, CEO do grupo de agências de viagens independentes, explica que “não foi um ano tão bom quanto em 2015, mas foi um bom ano”. No que refere aos problemas mencionados, o responsável considera que “foi um ano normal com as chatices próprias da actividade, nem mais nem menos do que outros anos”. “Houve problemas pontuais, mas em destinos onde se vende mais – Caraíbas e Baleares – não existiram problemas”.
Na perspectiva de Timóteo Gonçalves, director-geral da Halcon Viagens, 2016 “correu conforme o expectado, sem qualquer tipo de surpresas, tanto em proveitos, como em resultado final”. “Existiram algumas chatices, mas nada de extraordinariamente mau”, sustenta. O responsável explica que também tem de se ter em conta que a actividade verificou um decréscimo de 50% de 2008 a 2013 e, apesar do sector estar a recuperar, os aumentos registados nestes últimos três anos “ainda estão longe de algum dia chegarmos à recuperação dos 50% perdidos”.
“É o terceiro ano de recuperação, a nossa actividade é transversal à economia portuguesa, portanto uma economia que cresce à taxa que cresce não pode dar crescimentos muito grandes porque o dinheiro ainda acaba de chegar aos bolsos dos consumidores”, afirma o responsável, estimando que o ano termine com uma subida na ordem dos 6%. “2016 é a continuação de crescimento dos últimos dois anos”, reforça Paulo Mendes.
pmendes O director-geral do Grupo Airmet Portugal evidencia que as agências estão a facturar mais, principalmente, porque “há um maior poder de compra. (…) As pessoas têm mais confiança em poderem ir viajar mais do que uma vez (…) e isso fez com que houvesse uma maior procura este ano pelas viagens”. Para o responsável, existe um maior índice de confiança no mercado em geral, assim “as pessoas acreditam que já podem gastar mais. (…) Há essa ilusão que já há mais dinheiro para gastar. Para nós é óptimo.” No que diz respeito aos problemas apontados, Paulo Mendes considera que foram situações normais. “No global, foi um ano bom, mas vamos ver o que vai acontecer, a tendência será a mesma, porque também se vê muita aposta de quem cria os produtos” para disponibilizar no mercado da distribuição.

Saúde financeira do sector
Questionados sobre se este crescimento já começa a se reflectir na saúde financeira das agências de viagens, Timóteo Gonçalves sublinha que “as empresas de distribuição sempre foram extraordinariamente débeis”. O responsável da Halcon Viagens considera ainda que “as empresas que fazem crescer o sector fazem-no à custa dos empresários e da pobreza dos empresários”.
Paulo Mendes refere também que “há três anos para cá o sector do ‘outgoing’ é o mais frágil”. O responsável explica que nos últimos anos tem-se visto que “as empresas que fazem corporate estão a dinamizar na área de ‘incoming’ e as de ‘outgoing’ abriram ‘incoming’ e vice-versa. Porquê? Precisam desesperadamente de novas áreas de negócio, porque a rentabilidade que tinham já não a têm há muitos anos. O nosso sector continua a ser deficitário na área das agências de viagens, porque o capital não existe. Não se fazem investimentos por falta de capital”.

Relação com fornecedores
Para a saúde financeira das empresas turísticas contribui muito a relação que estas têm com os seus fornecedores. Mas qual o estado das relações dos fornecedores do sector – operadores turísticos, unidades hoteleiras, companhias aéreas – com a distribuição nacional?
Começámos por questionar os representantes das agências de viagens sobre a sua ligação com os seus principais parceiros: os operadores turísticos. A opinião é unânime: sem um, não vive o outro. “Neste momento, acho que as relações são absolutamente correctas e normais. Eles precisam das agências de viagens e elas dos operadores. É uma simbiose necessária que está a funcionar bem”, começa por dizer Pedro Gordon. Para o responsável do Grupo GEA, “a diferença entre um operador bom e um operador mau, é que o operador bom resolve, o mau resolve de forma inadequada”. “Felizmente, no geral, os operadores no mercado são bons”, constata, complementando que “tirando casos pontuais, o nível de profissionalismo dos operadores subiu razoavelmente”.

Na perspectiva de Timóteo Gonçalves, as agências e os operadores têm de ser parceiros, mas “depende das agências e dos operadores”. O director-geral da Halcon Viagens considera que “os bons operadores decidem as suas operações e campanhas auscultando os seus parceiros. As boas agências auscultam os seus fornecedores e tentam ter estratégias que sejam coincidentes”. Contudo, “depois há os párias que a única coisa que têm para oferecer ao cliente é o desconto e é uma boa parte da actividade, o que de alguma maneira macula a relação entre agências e operadores, porque estes começam a pensar se necessitam de dar às agências as comissões que dão, porque uma boa parte dos agentes, o único argumento que têm para vender é fazer desconto”. O director-geral da Halcon Viagens relembra que “os operadores em Portugal são menos do que eram. A crise ajudou a fazer desaparecer aqueles que não eram uma mais-valia para o sector”. Neste âmbito, explica que na Halcon Viagens são privilegiados “os operadores que, na essência, fazem produtos com risco e arriscam, e que acabam por merecer a comissão que retêm. Diria que com os operadores as coisas estão a correr bastante bem. As pessoas que estão à frente dos operadores são gente de bem e extraordinariamente capaz”.

Também Paulo Mendes concorda com o facto de agora os operadores verem as agências como “verdadeiros parceiros”. “Com a crise que tivemos com a vinda da ‘troika’, os operadores notaram que a distribuição é importante”, refere. Mas também os operadores são importantes para as agências, no sentido, de que estes dispõem de “capital para estas grandes operações. Podem montar estas grandes operações, onde nós podemos diluir o risco com eles”. O responsável nota ainda que “os operadores estão mais próximos de nós, das redes”.
Por sua vez, Paula Gonçalves frisa que, no caso da Orbita Viagens, “o que privilegiamos é a confiança, se podemos ou não contar com eles. Na hora em que acontece algo de errado é que vemos quem são os nossos parceiros”. pgordonRelativamente à questão fulcral das comissões, Pedro Gordon afirma: “Vamos ser sérios e realistas, todos gostaríamos de ter 20% de comissão, mas para isso o operador teria que meter mark-ups que fariam com que o PVP (preço de venda ao público) ficasse tão elevado que a procura baixaria”. O mesmo adverte ainda que “a procura é elástica: sobe o preço, baixa a procura. Neste tipo de produto é assim. Sobem 10% os preços e talvez a procura caia 20%”. Para Pedro Gordon “têm de ser comissões que permitam margens correctas e suficientes às agências, mas também uma margem que permita o operador sobreviver e com preços que o cliente ache competitivos.”

Estado das parcerias com hotéis
No que diz respeito às parcerias com os hotéis, a opinião já é mais controversa. “Sempre foi um relacionamento difícil”, descreve Timóteo Gonçalves. “Vivem com a ilusão de algumas centrais de reserva, que de facto aportam muitos clientes de última hora por poucas noites, com uma comissão por vezes duas e três vezes superiores às que eles pagam às agências de viagens tradicionais. E acho que muitos dos hoteleiros ainda não pararam para fazer contas”, salienta. Para o responsável, os hoteleiros “sempre olharam para nós não como uma mais-valia, mas como parasitas, sem de alguma maneira perceberem o muito que nós fazíamos pelos hotéis”. O representante da Halcon Viagens estima que o relacionamento com os hotéis “está a ser construído, mas claro que é relativamente mais fácil quando há dimensão”, ou seja, “as grandes empresas de viagens relacionam-se bem com as grandes cadeias hoteleiras. Penso que as pequenas agências de viagens, eventualmente através dos agrupamentos podem ter uma palavra a dizer, mas sozinhos não têm a mínima expressão e não conseguem falar com os hotéis, enquanto que os operadores conseguem”.
Paulo Mendes concorda: “os hotéis por tradição não olham para as agências como parceiros e tenho as minhas dúvidas que vá mudar no futuro”. O responsável justifica com o tipo de estruturas actuais das equipas comerciais dos hotéis: “Não têm estrutura para vender às agências de viagens” e “estão reféns de tudo o que são centrais hoteleiras e agregadores”. Para a distribuição torna-se mais simples trabalhar com as centrais hoteleiras, porque “dão-nos o produto que precisamos, mas os hoteleiros acabam por não saber o verdadeiro valor da distribuição, porque não sabe quanto é que as agências de viagens lhe estão a comprar.” E passa a exemplificar: “70% dos hotéis que vendemos por ano na rede são em Portugal, estas cadeias hoteleiras não estão a ver a dimensão de compra que lhe estamos a fazer”. Além de que, refere, os agentes de viagens só conseguem vender o alojamento e o regime nas unidades hoteleiras, não conseguem ter acesso a mais serviços para poderem oferecer aos seus clientes, como por exemplo serviços de spa. Para o director da Airmet coloca-se aqui o “eterno problema da dimensão” do mercado português. “O mercado não tem dimensão para negociar com estas cadeias hoteleiras, porque compramos pouco comparado com outros mercados internacionais”, realça, indicando que o único momento em que os hotéis vêm as agências como parceiros é se estas se dedicarem ao segmento MICE ou a fazer eventos.
mjoseOutro aspecto apontado, é o desconto directo ao cliente que chega à unidade hoteleira através da agência. Estes casos indicados pela responsável da Orbita Viagens fazem com que os agentes de viagens se sintam “postos de lado”. Maria José Silva recorda que quando os hotéis fazem venda a OTAs e agregadores, muitos deles, são agentes de viagens. “Não podemos generalizar a relação dos hotéis menos positiva com os agentes de viagens, talvez a relação seja difícil – e isso confirmo, que fazem descontos directos, não temos produtos – a nível de agências mais pequenas, à distribuição tradicional retalhista”, refere, complementado que quando se trata de agências de ‘incoming’ “abrem as portas de uma outra forma”. “Quando falamos de ‘outgoing’, costumamos comprar via agregadores e eles não sentem a noção deste peso das agências pequenas e independentes que compram através das centrais de reserva”. Para a responsável da RAVT, “não há uma relação de clara parceria, não nos reconhecem o devido valor, número, peso, que é errado, porque de facto não conseguem verificar isso”, diz, referindo-se às agências de viagens de ‘outgoing’ retalhistas. Pedro Gordon considera que temos de olhar para os hotéis dentro da cadeia de valor de um produto turístico: “O hotel é a parte da cadeia de valor que tem mais venda directa, portanto é menos dependente das agências de viagens e não nos conhecem, não sabem quem somos”. “O objectivo é a venda directa e quando não conseguem recorrem às centrais hoteleiras com grande volume, deixando para último a agência de viagens. Não nos conhecem, não temos volume e nem sabemos quanto valemos”. Timóteo Gonçalves constata que “qualquer entidade que queira vender todas as centenas de milhares de hotéis que existem no mundo é sempre pequena, por isso, a única hipótese que o agente de viagens tem para voltar a ter uma parceria com os hotéis é escolher os seus hotéis e para isso, o pessoal tem que estar formado para ter confiança naquilo que vende para rebater com aquilo que o cliente lhe pede muitas vezes sem conhecimento de causa”. O responsável da Halcon Viagens afirma que os agentes estão cada vez mais generalistas e que, em algumas situações, torna-se um” vendedor passivo”: “o cliente pede-lhe e o agente dá-lhe”. “A única maneira de conviver com este perfil é ter acesso a uma ferramenta que tenha lá os hotéis todos, é por isso que a Hotelbeds ou a Welcomebeds vendem os hotéis todos. (…) Não podemos querer todos os hotéis do mundo a preços competitivos e ser parceiro, isso é impossível”, defende.

Companhias aéreas
E quanto às companhias aéreas, serão estas parceiras? Paulo Mendes responde: “Há companhias parceiras e não parceiras”. “Na realidade, as companhias continuam a ver o agente de viagens como parceiro, mas não com a rentabilidade que gostaríamos de ter. Há companhias aéreas que trabalham muito bem connosco, fazem visitas tanto a agências IATA como não IATA.” O responsável considera também que “estão mais próximas agora do que há cinco anos”, porque “estamos a ganhar volume”.
timoteoTimóteo Gonçalves destaca a atitude da Emirates, que entrou há poucos anos no mercado nacional, como “uma lufada de ar fresco no mercado nacional. Está muito próxima dos agentes.” No que refere às questões das comissões nas companhias aéreas, Maria José sublinha que “não nos podemos queixar muito porque permitiram que colocássemos a XP, que veio mostrar que temos uma maior rentabilidade”. Para a responsável, o problema está “que são valores muito baixos. Vender um bilhete de avião é só para prestar um serviço complementar ao cliente, porque só vendendo aviação não íamos longe”. “Quem funciona mais com corporate talvez consiga uns acordos mais simpáticos, do que quem trabalhe só lazer, mas já não é a mesma coisa de antigamente”, constata. Porém, “deixou de ser um serviço que nos aporte dinheiro ou grande mais-valia”, conclui Maria José. Quanto à TAP, o representante da Airmet caracteriza Portugal como “um mercado atípico do ponto de vista da companhia aérea, ainda temos muitos privilégios com a companhia aérea, mas estão a desaparecer mais”. Paulo Mendes esclarece que o que as companhias aéreas procuram no final é “se o volume me interessa ou não e vai dar recompensas conforme o volume que possas trazer”. “Neste momento, 70% das vendas [da TAP] são concentradas nas agências de viagens, na área de lazer, e 30% no canal directo, será mais ou menos por aí que anda a média, e a TAP sabe disso, por isso é que continua a estar próxima dos agentes de viagens, mas o que vai contar é a dimensão”, recorda, acrescentando que futuramente vai existir uma alteração no relacionamento com a companhia aérea.

Timóteo Gonçalves vai mais longe e levanta a hipótese de se relançar a TAP Tours, de forma a “empacotar estadias com os seus voos, de alguma maneira privilegiadas e nos permitisse vender o produto TAP com uma comissão bem superior há que temos a vender só bilhetes de avião”. Segundo o responsável, “era bom para a TAP e para o sector das agências de viagens, provavelmente não seria tão bom para os operadores daqueles que não assumem risco e que se limitam apenas a fazer o trabalho do agente de viagens”. Timóteo Gonçalves não deixa de realçar que, de facto, “o relacionamento com as companhias aéreas é difícil, porque o mundo evoluiu para as tarifas dinâmicas e a maior problemática de um agente de viagens é que quem vai a uma agência de viagens quer um preço fixo e não dinâmico”. “É complicado viver num mundo de tarifas dinâmicas e ter de fixar preço”, releva.

Desafios
O sector das agências de viagens tem sido resiliente ao longo destes últimos dez anos. Desde a introdução de novas tecnologias na actividade, ao relacionamento com os seus fornecedores, como à constante mutação do consumidor. Adaptação tem sido a palavra de ordem no sector. Contudo, novos desafios avizinham-se. Neste sentido, questionámos os intervenientes sobre o que consideram ser as principais preocupações a ter na actividade. O conhecimento (‘know how’) é prioritário para a CEO da RAVT. “Cada vez mais o cliente tem acesso a canais onde vai buscar informação e se o agente de viagens não sabe mais do que ele, não é uma mais-valia. A nossa grande diferença agora é a segurança que damos ao cliente, desde o provedor do cliente e com a nova directiva que há uma responsabilização maior a nível das viagens.”

Também a disponibilidade é uma das características apontadas por Maria José Silva, “quando vamos buscar recursos humanos é muito difícil dizer-lhes que têm de estar disponíveis aos sábados, domingos ou no ‘shopping’. É muito difícil arranjar recursos humanos para trabalhar fora de horas e é quando se vende mais”. Na opinião de Paula Gonçalves, a formação e o conhecimento que deve ter do cliente são dois dos desafios que o agente de viagens deve ter em atenção.

Na perspectiva de Timóteo Gonçalves o consumidor está em mutação constante e para tal são necessárias ‘skills’ adequadas. “Neste momento ainda vivemos num universo de clientela em que aqueles que são como eu – meio obtusos em termos de tecnologia e não se relacionam pelo Facebook – ainda são uma percentagem grande dos que viajam. (…) Este jovem de hoje em dia, 15/20 anos relaciona-se de uma forma distinta”, alertando para uma necessária “transformação brutal” da actividade. Contudo, não deixa de relembrar que “nós sobrevivemos mal a tudo o que de novo apareceu. (…) Nós temos vindo a sobreviver, porque reagimos, nunca pro-agimos”. Neste âmbito, tendo em conta as alterações que se avizinham e não só, o responsável considera premente o profissionalismo. “A primeira coisa que a actividade devia fazer é cada agente de viagens por si é ter brio profissional”. Para o responsável, esta é uma classe profissional que “não se instrui fora de horas”, “não procura o conhecimento proactivamente, reage mal às formações e, normalmente, vai obrigado. É uma questão de brio, de carácter. O agente de viagens tem de assumir que a sua actividade é importante, que é uma mais-valia”. “Se formos capazes de passar esta mensagem aos novos que entram, eles vão ser agentes de viagens de brio, o que significa que vão perceber que o cliente vai pagar-lhe pela mais-valia que ele lhe é”, defende, esclarecendo que esta mais-valia trata-se da “confiança que ele inspira naquilo que vende e só se consegue isso quando se sabe do produto”.
Timóteo Gonçalves salienta a importância da actividade das agências de viagens, “uma actividade em que se vende sonhos”. “O grande desafio das chefias, dos que mandam nos agentes de viagens é passar esta mensagem para os novos: eles têm de ser orgulhosamente agentes de viagens”, acentua.
“Estar a dizer-se a uma pessoa que ame o seu trabalho, mas depois não consegue pagar as contas ao final do mês”, adverte Paulo Mendes, questionando os baixos salários que se pagam no sector. Para Timóteo Gonçalves, “uma pessoa que se apaixone pela sua profissão, que tem brio profissional e que proactivamente busca o conhecimento, terá sucesso”. Paulo Mendes sublinha que o grande desafio, não só do sector das agências de viagens, mas do País em geral, são os recursos humanos. “Infelizmente, Portugal tem um défice muito grande comparativamente a outros estados da União Europeia de recursos humanos”, explica, contudo, indica que “temos uma coisa que ninguém tem: a adaptação”. “O agente de viagens tem que agregar valor. Consoante o perfil de cliente e o mercado em que estiver esse valor será este, aquele ou vários, terá que adaptar-se aos valores desse cliente para satisfazê-lo”, conclui Pedro Gordon.
“O consumidor está muito racional na compra, está à procura da mais-valia e não do produto mais barato. Qualquer produto bem bolado e que seja ‘best value’ esgota-se num instante”, constata Timóteo Gonçalves, a criatividade do agente de viagens neste momento está num terreno fértil, porque se eu for criativo e bolar um produto que seja criativo e ‘best value’, o cliente compra.”

*Agradecimentos ao Olissippo Oriente Hotel.

Sobre o autorRaquel Relvas Neto

Raquel Relvas Neto

Mais artigos
Artigos relacionados
Formação Executiva em Turismo Militar inicia-se a 4 de abril
Emprego e Formação
Hotéis de Macau fixam novo recorde de hóspedes pelo segundo mês consecutivo
Hotelaria
Cidade da Praia vai ganhar primeiro 5 estrelas sob gestão do Grupo Barceló
Alojamento
Hotelaria de Cabo Verde bate recorde de hóspedes em 2023
Hotelaria
Flixbus aumenta viagens domésticas e internacionais para a Páscoa
Transportes
Hotéis da Guestcentric já alcançaram 40% das receitas de 2023
Hotelaria
Pegada de carbono da aviação europeia cresceu 16% em 2023
Aviação
Royal Caribbean International abre novo clube de praia privado em Cozumel em 2026
Transportes
EUA e Reino Unido destacam-se nas viagens ‘outbound’ nesta Páscoa
Destinos
ERT do Alentejo e Ribatejo aprova contas de 2023
Destinos
PUB
Distribuição

Nortravel promove Montenegro em operação direta do Porto

O operador turístico Nortravel está a promover a sua operação charter direta de verão para Montenegro (Praia da Costa Adriática) à saída do Porto.

Publituris

Em regime do tudo incluído, a Nortravel está a promover a sua programação para Montenegro que decorrerá de 23 de junho a 8 de setembro, com saídas do Porto.

O pacote de sete noites, na praia na Costa Adriática custa por pessoa em duplo desde 1.310 euros no Carine Hotel Delfin, e 1.354 euros no Carine Hotel Park, ambos de quatro estrelas localizados em Bijela. Já com alojamento no Carine Hotel Kumbor, quatro estrelas superior localizado em Herceg Novi, o preço começa nos 1.406 euros por pessoa.

Na praia de Budva, o pacote de sete noites no Iberostar Bellevue, de quatro estrelas fica desde 1.458 euros por pessoa, enquanto o Iberostar Herceg Novi custa 1,496 euros por pessoa, em alojamento duplo e regime do tudo incluído.

A viagem inclui passagem aérea em voo direto especial da Enter Air, em classe económica, com direito ao transporte de uma peça de bagagem de porão até 20kg e uma peça de bagagem de mão até 5kg, estadia no hotel e regime selecionados, transporte (regular) do aeroporto de Dubrovnik ao hotel em Montenegro e vice-versa, e seguro multiviagens.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Distribuição

Solférias acrescenta Cuba ao desafio “Vender = Receber”

O operador turístico Solférias acaba de acrescentar Cuba ao desafio “Vender = Receber”. Assim, vai premiar as oito melhores agências de viagens /agentes vendedores para este destino da sua programação.

Publituris

Dando continuidade ao sucesso dos anteriores desafios que a Solférias lançou para os agentes e agências de viagem, premiando vendas para alguns dos seus destinos estrela, surge agora um novo desafio para um destino mítico nas Caraíbas: Cuba.

“Vender = Receber” para Cuba vai premiar as agências ou agentes de viagens que mais reservas fizerem para este destino, de 1 a 30 de abril de 2024, ficando habilitados a viajar de 13 a 21 de maio de 2024, integrando a super fam trip que a Solférias e os seus parceiros vão realizar nestas datas, para que possam ficar a conhecer melhor o destino.

Mas, atenção: apenas contam as reservas confirmadas, e o incentivo é aplicável somente às reservas efetuadas através dos canais Solférias.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Distribuição

“Sonhando à Mesa” vai percorrer localidades portuguesas mais pequenas

De uma forma que se pretende informal, o operador turístico Sonhando vai promover, de 8 a 24 de abril um roadshow que percorrerá várias localidades portuguesas mais pequenas, fugindo, assim das tradicionais Lisboa e Porto, para apresentar a sua programação 2024 e dar conta das novidades.

“Sonhando à Mesa” é o mote do roadshow que o operador turístico vai promover de 8 a 24 de abril em várias localidades portuguesas. O objetivo, conforme declarou ao Publituris o seu diretor Comercial, Fernando Bandrés “é apresentar a nossa programação para 2024 e as novidades para este ano, promover o convívio entre a Sonhando e os agentes de viagens de uma forma descontraída e mostrar que estamos próximos das agências de viagens das localidades mais pequenas”.

Segundo Bandrés o roadshow servirá igualmente para dar a conhecer aos agentes de viagens o catálogo de circuitos na Ásia que a Sonhando lança pela primeira vez no mercado, e que englobará destinos como o Sri Lanka, Vietname, Camboja, Índia, Tailândia e o Uzbequistão.

Assim, a Sonhando convida os agentes de viagens para um almoço ou jantar em Santa Maria da Feira – 8 de abril (almoço); Viseu – 8 de abril (jantar); Mirandela – dia 9 (almoço); Vila Real – dia 9 (jantar); Penafiel – dia 10 (almoço); Viana do Castelo – dia 10 (jantar); Coimbra – 16 de abril (almoço); Leiria/Batalha – dia 16 (jantar); Setúbal – dia 23 de abril (almoço); Évora – 23 (jantar); Portimão – 24 de abril (almoço); e Faro a encerrar, também no dia 24 de abril com jantar.

As inscrições estão abertas até ao próximo dia 1 de abril, informa o operador turístico.

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

Mais artigos
Agências

TravelGEA cria plataforma de reservas dedicada à hotelaria

A TravelGEA, empresa do Grupo GEA especializada na área da consolidação aérea, anuncia o lançamento da sua nova plataforma de reservas na área da hotelaria, com tecnologia foi desenvolvida à medida para as agências de viagens suas associadas.

Publituris

A plataforma TravelGEA Booking foi criada para simplificar o processo de reserva de hotéis, através de um sistema integrado que se conecta com oito principais centrais de compras. Com um compromisso com a eficiência e rentabilidade, o instrumento garante que os utilizadores possam encontrar a estada perfeita com facilidade.

Segundo Ricardo Correia, diretor Comercial da TravelGEA, “esta plataforma não é apenas uma ferramenta, é uma ponte para o futuro das agências de viagens, onde a eficiência, a diversidade e a rentabilidade se encontram”, para assegurar que a integração com oito centrais de compras “é apenas o começo e estamos a abrir um mundo de possibilidades onde numa única pesquisa obtemos resultados que se alinham perfeitamente com os desejos e necessidades dos clientes”.

O responsável adiantou que “a plataforma fornece às nossas agências parceiras uma ferramenta poderosa para melhorar as suas ofertas e rentabilidade.”

Entre outras funcionalidades, a TravelGEA Booking permite pesquisa e filtros avançados – as agências podem agora atender à crescente procura por opções diferenciadas, tal como as que promovem turismo sustentável e acessível com filtros para hotéis ‘verdes’, opções que permitem animais de estimação e muito mais; diversos tipos de alojamento  – seja qual for a procura dos clientes, desde hotéis a                       apartamentos, campismos ou alojamento local, a plataforma oferece uma vasta gama de opções. A plataforma dá ainda capacidade às agências de viagens de gerir as suas estratégias de preços eficazmente.

A equipa da TravelGEA assume que estará disponível para oferecer suporte para as reservas realizadas através da plataforma.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Distribuição

Nortravel lança campanha de descontos de primavera para 58 circuitos

O operador turístico Nortravel está a promover no mercado a campanha de descontos de primavera, de 50 euros e 100 euros por pessoa, para os 58 circuitos exclusivos disponíveis para reserva.

Publituris

Com desconto de 50 euros por pessoa para os circuitos na Península Ibérica, Europa 4 dias, Madeira e Açores, e desconto de 100 euros por pessoa para os circuitos Europa 7 e 8 dias, Cruzeiros e Grandes Viagens, estas ofertas da Nortravel, no âmbito da campanha de descontos de primavera, aplicam-se a reservas efetuadas até 3 de abril.

Este desconto é válido para viagens a realizar entre abril e outubro de 2024, com lugares limitados e não aplicável a grupos.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Distribuição

Egotravel vai ter mais um voo semanal para Djerba à saída de Lisboa

O operador turístico A Egotravel vai reforçar a sua operação charter para Djerba, na Tunísia, com mais um voo semanal operado pela TAP, à saída de Lisboa, às quartas-feiras, entre 5 de junho e 11 de setembro.

Publituris

Com este reforço, a operação da Egotravel para Djerba passa assim a ter três partidas de Lisboa, duas à quarta-feira e uma à quinta-feira, e duas saídas do Porto, uma à quarta-feira e outra à quinta-feira, ganhando assim, este destino, ainda maior preponderância no portfolio do operador turístico.

Daniel Graça, diretor comercial da Egotravel, refere que “esta decisão tem como objetivo responder às necessidades dos agentes de viagens nacionais, naquele que é um destino de eleição dos portugueses para as suas férias de verão”, e que tem suscitado muita procura, principalmente nas partidas de Lisboa.

Entretanto, o operador turístico informa ao mercado que, devido ao aumento das taxas governamentais na Tunísia de cerca de 5 euros, irá refletir este incremento nas taxas de aeroporto, segurança e combustível dos seus pacotes para o destino, passando de 175 euros para 180 euros. Este novo valor já está em vigor para novas reservas. No entanto, para as reservas já existentes com o valor anterior, a Egotravel irá, excecionalmente, assumir este aumento pelo que não será cobrado nenhum valor adicional.

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Distribuição

Boa política de compras pode ajudar empresas a poupar até 15% do seu orçamento de viagens

Segundo a Consultia Business Travel, empresa especializada na gestão integrada e no aconselhamento das viagens empresariais, uma política de compras bem concebida pode ajudar as empresas a poupar entre cinco e 15% do seu orçamento de viagens.

Publituris

A Consultia Business Travel defende que a implementação de uma política de viagens eficaz e bem concebida pode ajudar as organizações a gerir os custos, a aumentar a eficiência e a garantir a transparência e a responsabilidade nas despesas dos colaboradores.

A empresa especializada na gestão integrada e no aconselhamento das viagens empresariais refere ainda que a principal vantagem de dispor de um software de gestão alinhado com a política de viagens empresariais é, sem dúvida, a poupança financeira que proporciona, podendo poupar entre cinco e 15% do seu orçamento de viagens. Um exemplo: uma empresa com um volume de viagens de 300 mil viagens pode beneficiar de uma poupança de até 45 mil euros por ano, mas é essencial dispor de ferramentas tecnológicas que ajudem não só a digitalizar, facilitar e automatizar todo este processo, mas também a atingir os seus objetivos.

Por este motivo, a Consultia Business Travel desenvolveu o Destinux, uma solução integral baseada na cloud que, através de um Dashboard de Gestão de Viagens, permite às empresas ter uma visão clara e organizada de toda a informação relevante e necessária para melhorar a eficácia da sua gestão de viagens corporativas e o cumprimento das políticas estabelecidas.

Analisando os dados desta solução, é possível perceber que a nova geração de políticas de viagens pode ajudar as empresas a gerir as viagens de negócios de acordo com as suas necessidades e as dos viajantes.

Por outro lado, refere que ao adaptar a política de viagens empresariais às necessidades e preferências individuais dos viajantes de negócios, estes têm a oportunidade de ter uma experiência de viagem muito mais confortável e agradável, o que tem um impacto direto no seu nível de produtividade e na medida em que atingem os seus objetivos. Outra vantagem de oferecer políticas personalizadas e otimizadas que incluem o ‘salário emocional’ é a retenção e a atração de talentos.

Além disso, a Consultia Business Travel indica que as políticas de viagens de nova geração permitem a inclusão de práticas sustentáveis e amigas do ambiente, permitindo às empresas demonstrar o seu empenho numa responsabilidade empresarial consciente do ambiente. Isto inclui possibilidade de transporte mais ecológico, compensação das emissões de carbono e apoio de projetos de sustentabilidade.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Distribuição

Limitações ao turismo nas cidades europeias são desafios que se colocam à Lusanova

As medidas que estão a ser impostas para conter os fluxos de turistas, principalmente nas cidades europeias, são desafios que se colocam a operadores turísticos cujo core business são os circuitos culturais, como é o caso da Lusanova, revelaram o seu administrador e diretor operacional, Luís Lourenço e Tiago Encarnação, respetivamente.

As taxas turísticas, as burocracias, limitações e aumento do preço das entradas de grupos de turistas em monumentos e atrações turísticas, a distância em que os autocarros vão passar a ficar dos centros históricos obrigando as pessoas a percorrer grandes distâncias a pé e que, as com dificuldades de locomoção não conseguem fazer, são medidas que pouco a pouco a ser implementadas nas cidades europeias, incluindo em Portugal e que criam dificuldades para os operadores turísticos que têm nos circuitos culturais o seu principal negócio, como é o caso da Lusanova.

Luís Lourenço e Tiago Encarnação, administrador e diretor operacional da Lusanova, num encontro recente com jornalistas, no âmbito da apresentação da sua programação, em Lisboa, estão de acordo que é preciso estimar os centros das cidades, mas tem de haver um pouco de equilíbrio.

Tiago Encarnação considerou que “se as limitações começam a ser tão grandes, vai passar a não ser viável o circuito, e o custo começa a ser injustificável”, apontando que “no futuro é um dos maiores riscos que a Europa vai ter pelas limitações que vai impondo pela sustentabilidade das cidades”.

No entanto, assumindo-se como otimista nesta matéria, o diretor operacional da Lusanova lembrou que, uma vez que as cidades europeias precisam muito do turismo, acredita que vai haver um equilíbrio, “embora continuarão a haver medidas mais radicais numas e menos radicais noutras”.

Contudo, o administrador do operador turístico não está tão convencido, argumentando que “com tanto turismo que as cidades têm, podem-se dar ao luxo de introduzir essas limitações e exigências. Não sei é se não irão pagar amanhã por isto, mas nós procuramos sempre arranjar alternativas, que é nossa obrigação, porque não podemos parar e temos de oferecer produto ao cliente e de forma mais cómoda possível”.

Estas limitações são mais gritantes na Europa, continente que recebe maior volume de turistas, enquanto nos outros continentes haverá um caso ou outro, como será exemplo Machu Picchu, no Peru.

Habituada a enfrentar desafios ao longo destes 65 anos de vida, que vai assinalar com diversas ações a decorrer durante o 2024, nada demove a Lusanova, cujos responsáveis asseguraram que a empresa “vai manter o compromisso de sempre que é entregar uma programação diversificada, segura, com destinos onde somos competitivos e onde damos a segurança que é exigida à nossa marca, na melhor relação qualidade-preço”.

Em relação às taxas de cidade, o administrador da Lusanova disse que estão incluídas na programação, apesar de ser um valor elevado, mas quando aumentam de uma hora para outras “não temos justificação para dar ao cliente, que fica sempre mal impressionado e desconfiado o facto de aumentarmos o preço do pacote à última hora, quando o nosso foco é sempre o cliente”.

Quanto às entradas em monumentos, ao contrário do que acontecia anteriormente, para alguns locais “obrigam-nos a fazer depósitos de garantia, hoje em dia não sei para onde é que não pagamos antecipadamente e caro”, destacou Luís Lourenço, para realçar que “temos o exemplo de Paris, por causa dos Jogos Olímpicos, que exigiram pagamentos com dois anos de antecedência”.

O empresário assumiu que “está cada vez mais difícil elaborar um pacote cultural, com ingressos, cada vez estamos a ter dificuldades porque não são ágeis e não nos dão deadline e, além disso, limitam o número de entradas, mas esta situação está a verificar-se também em Portugal. São limitações que temos de arranjar engenhos de maneira a contorná-las”.

A somar a isto tudo, o turismo está mais caro, as viagens estão inflacionadas, reconheceram os dois responsáveis do operador turístico, avançando que tudo o são circuitos europeus subiu uns 5% no total do PVP face ao ano passado, tendo em conta que em 2023 o aumento já tinha sido superior.

Neste caso, Tiago Encarnação considerou que “temos uma grande vantagem aqui porque, o facto de termos um grande volume tanto em Portugal como no Brasil, dá-nos um poder de negociação diferente, e isto é importante quando estamos a negociar as contratações”.

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

Mais artigos
Distribuição

Solférias, Abreu e Soltrópico reforçam o Sal no verão com novo voo de Lisboa

Devido à crescente procura para Cabo Verde, nomeadamente para a Ilha do Sal, o operador turístico Solférias, juntamente com os seus parceiros Abreu e Soltrópico, decidiu reforçar a sua oferta de verão 2024 para o destino com a introdução de um novo voo especial direto à partida de Lisboa.

Publituris

Operado pela companhia aérea Smartwings, esta operação, que reforça a oferta já existente para o período do verão 2024, tem início no dia 01 de junho (primeira partida) e termina a 28 de setembro (último regresso).

Desta forma, a Solférias e os seus parceiros reforçam o seu compromisso de disponibilizar às agências de viagens portugueses as melhores e mais completas propostas para os seus clientes.

 

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
Distribuição

Siso Travel Group é representado em Portugal pela Turep

O Siso Travel Group, operador turístico do Azerbaijão que opera e tem escritórios próprios em diversos países da Ásia Central e do Sul do Cáucaso, passou a ser representado em Portugal pela Turep – Turismo Único Representações.

Publituris

A atuar na área de turismo internacional desde 2013, a empresa desenvolveu diversas excursões e circuitos quer para grupos quer para individuais no Uzbequistão, Turquemenistão, Cazaquistão, Geórgia, Azerbaijão, Tadjiquistão, Quirguistão e Irão.

Durante este período o Siso Travel Group conseguiu criar e desenvolver parcerias comerciais com muitos operadores turísticos e agências de turismo, nomeadamente, em Espanha, Portugal, Brasil, Argentina e México.

Ao nomearmos um representante para Portugal “pretendemos por um lado dar a conhecer melhor os nossos produtos e serviços e por outro criar os laços necessários para que tanto operadores turísticos como agências de viagens possam vender com mais segurança sentindo o apoio do nosso representante”, indica o operador turístico em comunicado.

De entre os serviços que o Siso Travel Group disponibiliza, contam-se: Suporte completo para reserva de hotel; Salas de reuniões; Guias e intérpretes de espanhol e português; Passeios Culturais e Etnográficos; Passeios de Aventura e Ecoturismo; Tour de tapetes no Cáucaso e na Rota da Seda; Cruzeiros no serviço VIP do Mar Cáspio; Passeios Especiais; Tour Caviar; Passeios acessíveis; e tour de casamento.

 

Sobre o autorPublituris

Publituris

Mais artigos
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB
PUB

Navegue

Sobre nós

Grupo Workmedia

Mantenha-se informado

©2021 PUBLITURIS. Todos os direitos reservados.