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“Vamos assistir a uma recolocação das regras do mercado”

António Trindade, presidente do Grupo PortoBay Hotels, faz um retrato do actual momento turístico do País com a descida do mercado britânico e a recuperação dos destinos concorrentes da bacia Oriental do Mediterrâneo. A aposta nos mercados americanos ou a venda do maior número possível de experiências ao turista são algumas das sugestões apontadas para… Continue reading “Vamos assistir a uma recolocação das regras do mercado”

Raquel Relvas Neto
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“Vamos assistir a uma recolocação das regras do mercado”

António Trindade, presidente do Grupo PortoBay Hotels, faz um retrato do actual momento turístico do País com a descida do mercado britânico e a recuperação dos destinos concorrentes da bacia Oriental do Mediterrâneo. A aposta nos mercados americanos ou a venda do maior número possível de experiências ao turista são algumas das sugestões apontadas para… Continue reading “Vamos assistir a uma recolocação das regras do mercado”

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Raquel Relvas Neto
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António Trindade, presidente do Grupo PortoBay Hotels, faz um retrato do actual momento turístico do País com a descida do mercado britânico e a recuperação dos destinos concorrentes da bacia Oriental do Mediterrâneo. A aposta nos mercados americanos ou a venda do maior número possível de experiências ao turista são algumas das sugestões apontadas para sustentar a resiliência dos destinos portugueses perante um abrandamento.

Com a proximidade à World Travel Market em Londres, como decorreu a performance do mercado britânico este ano nas vossas unidades? E quais as perspectivas para este mercado tendo em conta a entrada em vigor, no próximo ano, do Brexit?

Em termos gerais, tivemos uma relação com o mercado inglês estável e positiva, quer no Algarve, quer em Lisboa e na Madeira. Onde tivemos maior crescimento do mercado inglês foi no Brasil. Em termos de mercado, com algumas mudanças de ranking de protagonismo entre operadores, sentiu-se aqui algum decréscimo da TUI UK, que foi compensada pelo operador inglês que está a apostar mais na bacia ocidental do Mediterrâneo que é a Jet2, actualmente o maior operador inglês para Portugal. Não temos uma situação de crescimento, temos uma situação de manutenção e sendo para nós o mercado inglês o principal mercado, a estabilização é algo bastante positivo.

Em relação às unidades no Brasil, este crescimento do mercado inglês a que se deve?
No Brasil, a relação com a operação turística é muito pequena, ela faz-se sobretudo através das OTA’s e das reservas directas e aí, tivemos, este ano, um aumento de tráfego, quer para o Rio de Janeiro, quer para São Paulo, que inclusivamente não contávamos tanto. Este aumento advém do reconhecimento da nossa marca no mercado inglês sobretudo para destinos mais longínquos e onde efectivamente a notoriedade da marca conta em relação aos mercados de origem. Fomos ganhadores com isso.

Em Portugal, aposta-se muito na diversificação de mercados, como os EUA e o Brasil, para colmatar a descida do mercado britânico. Que visão tem desta aposta?
A evolução dos mercados tem muito a ver com as acessibilidades e tem necessariamente a ver com o que é colocado em relação a cada um dos mercados de origem. Ou seja, a evolução positiva ou negativa dos mercados de origem para cada um dos destinos é que determina necessariamente mais a evolução positiva nas próprias ocupações dos hotéis. E o que acontece? Lisboa foi aqui o grande ganhador, os mercados americano e brasileiro contam-se agora nos top 4 ou 5 em qualquer um dos nossos hotéis em Lisboa. No caso da Madeira e do Algarve, sente-se também aqui um acréscimo, mas evidentemente não se pode estar a falar do mesmo tipo de protagonismo que os EUA e o Brasil têm em Lisboa.

Que desafios se colocam?
É natural e evidente que isto implica uma grande aposta nos mercados alternativos onde haja a possibilidade de crescimento nas acessibilidades. Se não tenho garantido o crescimento de acessibilidades, não posso fazer grandes apostas. Mas há algo que é estratégico quando estamos a falar de mercados não-europeus ou intercontinentais: temos de ter a consciência que estamos numa das pontas da Europa e, evidentemente, aquilo que represento. Na captação de mercado internacional ou intercontinental, temos que ter a consciência que, quer os asiáticos, quer os americanos, sejam eles norte ou sul-americanos, gostam de vir à Europa e percorrê-la ou ter uma experiência europeia. É muito natural que a nossa propensão seja de mais fácil acesso ao mercado dos EUA ou Canadá ou mercado sul-americano, porque entra-se na Europa por Portugal. Quando falamos de conquista do mercado asiático, isto quer dizer que tinhamos que ter uma acessibilidade a Portugal para ir para o Centro da Europa, para voltar para a ponta da Europa para voltar para a Ásia. Um grande desafio que se deveria colocar à própria TAP como elemento da Star Alliance, que em termos de Star Alliance possa efectivamente servir também Portugal, o que, infelizmente, não se tem sentido, por parte de uma Lufthansa, de uma Swiss Air, a vontade de fazer uma aproximação até este extremo ocidental da Europa. Faz sentido um asiático comprar uma entrada pela Europa e naturalmente vem à periferia e depois naturalmente regressa. O que acontece é que as apostas que se fizeram em termos de mercado asiático para vir para este lado, ir ao centro [da Europa] e voltar à periferia, não resultaram. Aliás, vê-se a aposta no mercado chinês com uma companhia chinesa e, infelizmente, não funcionou. Em contrapartida, o que temos é esta capacidade que a TAP tem demonstrado de entrar no mercado norte-americano e isso sim é que é revelador de um crescimento exponencial deste mercado, porque naturalmente a TAP depois, a partir do hub do Porto ou do hub de Lisboa, irradia para a Europa e mantém este regresso às origens através de Portugal. Sou um forte defensor e acredito muito que as nossas duas principais cidades, aqui não só Lisboa, que infelizmente tem o problema de ter o aeroporto esgotado, mas acredito francamente nas alternativas que se possam colocar também no Porto, porque tem efectivamente capacidade de ser um hub suficientemente atractivo no mercado norte-americano. Aqui, evidentemente, com um protagonismo natural da nossa TAP, dado que ela não só consegue trazer clientes a um lado nacional, como distribuir dentro do País e de uma região ocidental, como também servir de hub para a Europa. Levamos à Europa e depois trazemos da Europa para voltar à origem. Em primeiro lugar, tem uma capacidade de crescimento em termos absolutos e em termos relativos, porque o país tinha muito pouca expressão em comparação com outros destinos europeus. Estamos a ganhar um protagonismo dentro de valores normais que qualquer aeroporto europeu se coloca em relação aos EUA.

E quanto ao abrandamento que se está a verificar na hotelaria nacional em termos de dormidas e hóspedes, estamos preparados para esta redução de turistas?
Tenho algum receio que não tenhamos feito o suficiente trabalho de casa. Há um ano e pouco, estive em Maiorca a visitar vários hotéis e produtos, e senti que os hoteleiros das Baleares, assim como os hoteleiros do sul de Espanha e das Canárias, tiveram, não só incentivos, como uma vontade muito grande em requalificar os seus produtos, ao mesmo tempo que as próprias regiões espanholas têm feito grandes apostas na requalificação dos seus micro e macro produtos. Cada uma das zonas tem feito grandes apostas. Nós temos feito, mas não à mesma escala. O português tem, por vezes, alguma propensão de ser demasiado reactivo e de não olhar para a velocidade do mundo a mudar e não se adaptar o suficiente. O que está a acontecer actualmente? Sobretudo a oferta de lazer é sempre superior à procura, historicamente sempre o foi e há um ciclo na história da relação oferta/procura turística que determina quando o Oriente do Mediterrâneo está em crise nós ganhamos muito, quando o Oriente recupera, sobretudo com uma estratégia de preços tremendamente agressiva, nós passamos a sofrer. Quando digo nós, considero sobretudo o mercado ibérico. Espanha e Portugal estão exactamente nesta mesma posição no que diz respeito aos vasos comunicantes dentro do Mediterrâneo. E nós somos, na realidade, um destino mediterrânico, quer em termos continentais, quer a nossa realidade insular, seja Canárias ou Madeira. Os espanhóis têm para o próximo Inverno decréscimos de dois dígitos, nós temos algumas indicações de que vamos ter algum decréscimo em relação ao próximo Inverno e ao Verão de 2019, mas acresce uma outra situação. Além desta competição Oriente/Ocidente, há aqui um outro factor em Portugal que tem necessariamente de contar – isto sem pressupor qualquer inimizades internas – é que as cidades portuguesas estão a ganhar um protagonismo crescente. Ainda há dois ou três dias, a Hosteltur reproduzia um trabalho julgo de uma organização oficial de turismo europeia, onde se referia que, pela primeira vez, na Europa, o tráfego para cidades já era maior do que o tráfego para resorts turísticos, isto quer dizer que há um protagonismo crescente das cidades numa lógica não necessariamente corporativa, mas numa lógica de lazer. Há aqui um factor importante, a estadia média em cidades evidentemente é menor, portanto quando falo em termos de noites, o número de noites em ambiente de resorts ainda continua a ser superior ao número de noites em cidades, mas estes dois factores – vasos comunicantes Ocidente/Oriente e o crescente protagonismo das cidades como centro de lazer – evidente que geram aqui desafio crescente aos resorts tradicionais como o são o Algarve, a Madeira.

E o que fazer perante esses desafios?
Temos que assumir que aumentámos os nossos preços médios, que nos fizeram distanciar dos preços médios da Turquia e do Egipto, porque esses são os grandes concorrentes dos destinos ocidentais. Há um factor de preço médio, e não estamos a falar só do preço médio da dormida, mas o preço médio dos restaurantes, dos bares… Se bem que não tenhamos preços altos, a concorrência é que está com preços manifestamente baixos por dois motivos: pelas necessidades que tiveram, como também pela desvalorização da libra turca. Isto quer dizer, que a competitividade cambial foi sempre um grande argumento utilizado por estes nossos grandes concorrentes da bacia Oriental. (…) Tenho maior instabilidade social, mas quando um hotel de cinco estrelas é vendido pelo preço de um de três estrelas, o cliente de três estrelas quer ir para o cinco e pensa que se houver tiros ou houver guerras elas passam demasiado por cima e vai continuar a desfrutar do seu sol. Há aqui uma política de contenção, de requalificação e, fundamentalmente, de a dita política da ocupação dos tempos livres. É muito importante, quer em termos de resort, quer de cidades, que haja uma agenda suficientemente interessante para colocar no mercado os destinos que oferecem muita coisa durante todo o ano. A criação de atractividade no destino em si, ligado à atractividade do hotel propriamente dito, é algo particularmente importante colocarmos no mercado para prever este decréscimo e, sobretudo, de prevermos a nossa capacidade de recuperação. Prevejo que o ano de 2019 será um ano, fruto desta relação dos vasos comunicantes, que terá uma situação que não é a mais fácil de todas para nós.

O Grupo PortoBay tem operação na Madeira, Algarve e Lisboa. Que leitura é que faz do actual momento de cada um deles?
Os momentos são diferentes. A Madeira, o Algarve e Lisboa vão encarar 2019 com três ambientes diferentes. O primeiro, Lisboa, a crescer a oferta e a ter um aeroporto sem uma capacidade de resposta directa a esse acompanhamento da oferta. O mesmo se passa em relação à Madeira, mas aqui em termos percentuais e relativos, o diferencial será efectivamente superior ao de Lisboa, dado que a oferta para o próximo ano vai crescer muito e não há um aumento de procura para fazer face a este aumento da oferta. Só que a Madeira está numa ilha e Lisboa é uma cidade num continente onde temos outros meios de acesso e onde a própria distribuição dos hubs continentais permite uma distribuição territorial, nomeadamente no caso dos novos mercados ao criar as novas oportunidades não propriamente só europeias, mas as novas oportunidades nacionais ou ibéricas. O que quero dizer com isto, é que há uma captação muito grande em termos de mercado brasileiro e mercado americano para fazer circuitos nacionais ou ibéricos e isto quer dizer que esta distribuição de circuitos por todo o País ou por toda a Península Ibérica permite trazer mais gente e ocupar melhor a oferta. No caso insular, como a Madeira, muito dependente ainda da operação turística, se não há um aumento da procura turística, evidentemente que a oferta ressente-se. No Algarve, a situação em termos de procura é relativamente constante, mas temos que nos preparar para este efeito que já deu os primeiros indícios negativos em 2018 em relação à guerra directa de destinos concorrenciais, destinos de sol e praia com a bacia Oriental do Mediterrâneo. Aqui é onde as acessibilidades da operação turística se colocam numa linha mais directa com a concorrência. Evidentemente, que nós – destinos de sol e praia ibéricos – temos de nos preparar para algum decréscimo, não é propriamente decréscimo. Diria que é uma recolocação do mercado, porque tivemos aumentos grandes de procura, no caso do Algarve, por exemplo, porque houve não só um aumento da procura pelo destino ‘per si’, mas muito também de uma deslocação de tráfego da Turquia, do Egipto e da Tunísia. Vamos assistir a uma recolocação das próprias regras do mercado, da relação oferta e procura do que era há dez anos.

Concretamente Lisboa, um dos desafios que se colocam à cidade e ao País é, sem dúvida, o aeroporto. Uma das soluções que defende é, por exemplo, a Madeira atrair companhias que utilizem novos hubs como Porto e até Barcelona…
O aeroporto de Lisboa tem uma responsabilidade que ultrapassa a própria cidade que serve, dado que é o nosso principal hub de distribuição nacional. Com o crescimento do tráfego consolidado, o tráfego das OTAs, das pessoas que querem ir livres para um destino, o que acontece é que vão-se utilizando cada vez mais os hubs das capitais para depois se distribuírem pelos outros destinos e aqui, invariavelmente, no caso do Algarve, Madeira e dos Açores, isto quer dizer que há um crescimento do mercado que passa por Lisboa. O que acontece é que quando tenho [o aeroporto de] Lisboa “entupido” já não tenho capacidade de abastecer mais Lisboa, nem de distribuir para os outros destinos. Há que encontrar, por parte dos destinos que são servidos por esse hub, as alternativas para ganhar mais protagonismo e aqui é o que eu referia que o Porto e Barcelona são dois aeroportos com capacidade de crescimento, mas sobretudo com capacidade de crescimento com companhias que utilizem hubs nestes aeroportos. Para a Madeira, por exemplo, as alternativas Transavia ou Vueling têm uma capacidade de abastecimento destes destinos maior, dado que utilizam esses aeroportos como hubs e não propriamente uma mera ligação ‘point to point’. Quando abordamos o caso da Ryanair para a Madeira, evidentemente que pode ter uma importância grande, mas a sua relação será muito na lógica do ‘point to point’, quer isto dizer que terá um contributo grande para o turismo nacional para a Madeira, mas um contributo relativo em relação ao outro tráfego internacional, dado que a Ryanair não tem uma política de hubs assente no aeroporto do Porto. Para qualquer viajante é sempre muito mais fácil quando coloca a mala numa origem e mesmo que tenha um hub, tem uma ligação directa de avião, o que não é o caso da Ryanair. O que me permite valorizar companhias como uma Transavia e uma Vueling é a sua capacidade de distribuição através desses hubs. Vou dar um exemplo, a Transavia é, actualmente, uma das companhias que, a seguir à TAP, mais interesse tem para a Madeira. Experimentei isso há três dias, quando vim do Porto para o Funchal num avião que estava a fazer Paris-Porto-Funchal, onde as pessoas vindas de Paris nem saíram do avião. Num avião com 170/180 lugares, 120 destes já eram ocupados por franceses que vinham para a Madeira, mas os outros foram franceses que ficaram no Porto. Isto permitiu que haja uma multi-deslocalização de turistas, com um voo que está a servir vários destinos portugueses.

Na Madeira, no entanto, acrescem ainda os constrangimentos que a TAP tem colocado ao seu desenvolvimento…
A TAP é uma empresa em crescimento exponencial que está a sofrer um impacto do mercado como qualquer outra companhia, que cresce ao ritmo da TAP, vai encontrar no mercado. Julgo que se tem especulado muito em relação a este percurso da Madeira com a TAP. O fenómeno Madeira em relação à TAP deve ser colocado nos mesmos termos em que se coloca em relação a todos os outros destinos da TAP. Temos dois segmentos que têm objectivos diferentes: um são os madeirenses a voar para o continente ou para fora da ilha, outro é o número de turistas que vêm para a Madeira. Não nos podemos esquecer que a TAP é responsável por entre 25% a 30% dos turistas que vêm para a Madeira e mais de 50% dos passageiros da TAP que vêm à Madeira são turistas. A TAP representa o dobro do segundo transportador de turistas para a Madeira. A TAP cresceu e houve aqui uma distribuição de segmentos neste transporte para a Madeira o que evidentemente cria aqui alguns constrangimentos quer em relação aos madeirenses, quer sobretudo aos clientes nacionais que vêm à Madeira, porque a politica do subsídio de mobilidade foi algo tremendamente perverso, foi politicamente incorrecto e aqui só há uma principal crítica a fazer ao modelo errado de atribuição do subsídio de mobilidade, porque não fez compatibilizar duas coisas: o direito dos cidadãos à aplicação do princípio da continuidade territorial com a competitividade das empresas. Quando o madeirense só paga um determinado valor, adianta tudo e depois espera dois meses para poder receber a comparticipação do Estado, ao mesmo tempo, as companhias aplicam as suas tarifas ao nível mais alto que possam efectivamente receber o subsídio do Estado. Aqui quem é o principal lesado na realidade acaba por ser o Estado e os portugueses que queiram vir à Madeira, porque têm preços exorbitantes. Por isso, os critérios da atribuição do subsídio de mobilidade têm que ser revistos o mais depressa possível para conseguirmos reganhar um ambiente de competitividade entre os transportadores para a Madeira e poder abrir, de uma forma melhor e mais eficiente, um mercado que é muito importante para a Madeira, o mercado nacional. Quem são os principais prejudicados são os portugueses que querem vir à Madeira.

A estada média em Portugal é um dos indicadores que mais desafios tem causado. Como poderemos melhorá-la?
Julgo que esta aposta tem de correr transversalmente em relação a todos os outros mercados. Tenho que mostrar aquilo que na realidade são as capacidades que cada destino possa oferecer e se por um lado, a Madeira e o Algarve, fruto do peso da operação turística, é muito tradicional a estadia de uma ou de duas semanas, em termos de cidade tendencialmente a estadia é mais curta. Esta aposta no aumento da estadia média não é propriamente dos resorts portugueses, porque esses já têm uma estadia média relativamente confortável, é sobretudo nos destinos urbanos. Para isso há que saber o que é que na cidade, e à volta desta, pode criar uma complementaridade na estadia. Isto que dizer, em primeiro lugar, levar às diferentes origens o que cada uma destas zonas tem para oferecer e a proliferação de acções de ocupação de tempos livres que faça o cliente ter uma estadia maior. E convenhamos uma coisa, em termos urbanos, o efeito que esta realidade pode ter é enorme. Se tenho, por exemplo, uma estadia média de oito dias num resort na Madeira ou Algarve, se aumentar um dia estou a aumentar sensivelmente 10% da minha ocupação, mas se a minha estadia média de Lisboa ou do Porto for de dois dias e conseguir ter mais um dia, estou a aumentar 50% a minha ocupação hoteleira sem precisar de mais um cliente. Convenhamos, quer em Lisboa quer no Porto, os arredores de cada uma das cidades já têm tanto para oferecer que facilmente permitem criar experiências. As ofertas das experiências são suficientemente atractivas para desencadear este aumento.  Trago esta minha preocupação do aumento da estadia média já de há muitos anos, aliás, quase desde que comprámos o hotel em São Paulo. São Paulo tem vindo a confirmar a sua passagem de estadia média de dois para três noites com a criação de eventos urbanos, animação urbana, que fez com que as pessoas naturalmente comprassem mais um dia de estadia. São os eventos culturais, de animação popular, são os ambientes de incentivo, tudo isto feito numa lógica de conjugação entre os responsáveis da cidade e cada um dos protagonistas hoteleiros, alojamento local, agentes de viagem, nesta promoção de que dois ou três dias não são suficientes. A criação desta mentalidade virada para vender o maior número de experiências possível é que é fundamental. Porquê? Porque além de aumentar a estadia média, vai mudar um pouco os objectivos das viagens. Quando estávamos a falar do tráfego intercontinental, um americano está preparado para fazer o corrido todo da Europa. Se logo no primeiro ponto forem criados factores de atractividade suficientes, ele vai alterando o seu próprio modelo de férias. Pensa: “Este ano não vou ser ‘globetrotter’ por dez cidades europeias, mas há uma ou outra cidade à partida que me oferece tantas experiências que me permitirá passar da minha experiência europeia para a minha experiência ibérica ou para a minha experiência portuguesa, porque tenho factores de atractividade suficientes para me ocupar esse tempo”.

De uma forma geral, como perspectiva o próximo ano para Portugal ao nível do Turismo, vamos continuar a crescer?
Diria ao contrário, julgo que Portugal será suficientemente resiliente para ultrapassar alguns ambientes que em termos internacionais se poderão colocar negativos em relação à bacia ocidental do Mediterrâneo. O ‘boom’ de recuperação de toda a bacia Oriental, e aí eu incluo também a Grécia, os números que aparecem agora para o Inverno e para o próximo Verão, fazem com que nós só não desceremos se formos muito resilientes. Quando olho para todo o espectro nacional, vejo o Algarve directamente na concorrência com esta bacia Oriental, Lisboa sem uma capacidade de crescimento fruto do aeroporto, o Porto a crescer e a Madeira com estes problemas estruturais que estamos a ultrapassar, que são sobretudo de uma desadaptação entre procura e oferta.

Grupo PortoBay
Quais deverão ser os resultados do grupo este ano?
Este ano, apesar de termos tido a obra de construção das suites junto do The Cliff Bay, a situação foi mínima, o Algarve apresentou um muito ligeiro decréscimo em relação ao ano passado. Mas em termos globais, vamos atingir, quer em termos de ocupação, quer em termos de receitas, quer muito provavelmente em termos de resultados finais, os mesmos números de 2017. Não conto ter uma variação de resultados superior a 2% para cima ou para baixo.

No início do próximo ano vamos ter novas unidades no grupo?
As ‘Les Suites at The Cliff Bay’ vão abrir, o nosso hotel no PortoBay Flores vai abrir e pode ser que eventualmente dentro de algumas semanas possamos ter novidades. Vamos apresentar o novo PortoBay Old Town que está em fase final de projecto, comprámos a quinta e estamos actualmente a desenvolver o projecto para dentro de 24 meses ter a nossa oitava unidade na Madeira.

*Entrevista publicada na edição impressa de 26 de Outubro.

Sobre o autorRaquel Relvas Neto

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Evolution Cascais-Estoril | Créditos: DR

Hotelaria

Hotelaria liderou investimento imobiliário em Portugal no ano passado

Em 2023, o setor hoteleiro atraiu 40% do total de investimento imobiliário realizado em Portugal, o que se traduziu em 605 milhões de euros.

Os números constam na 9ª edição do “The Property Handbook – a Real Estate Investment Guide”, que surge de uma parceria entre a consultora CBRE e a sociedade de advogados Vieira de Almeida (VdA).

De acordo com o estudo, o setor hoteleiro foi a “estrela” de investimento imobiliário em 2023 no território nacional, seguido pelo mercado de retalho, que conseguiu captar 35% do total deste tipo de investimento, ou seja, 550 milhões de euros.

Segundo a CBRE, a cidade de Lisboa ganhou 20 novos hotéis no ano passado, maioritariamente de quatro estrelas e com cerca de 2.000 quartos, sendo que para 2024 já estão previstos outras 20 unidades, com um total de 2.000 quartos.

Por outro lado, a consultora indica que no Porto surgiram dez novos hotéis em 2023, maioritariamente de cinco estrelas e com cera de 1.000 quartos, prevendo a abertura de mais 15 novos hotéis em 2024.

Já no mercado de retalho, em 2023, a análise destaca que foram inaugurados três retail parks e foram ainda abertas 93 lojas em Lisboa e 67 no Porto.

Investimento imobiliário decresceu cerca de 50% face a 2022

Apesar de a hotelaria ser dada como líder em 2023 no que diz respeito ao investimento imobiliário, o estudo dá conta de que “as elevadas taxas de juro, juntamente com os receios de uma recessão económica, conduziram a um declínio significativo dos volumes de investimento imobiliário a nível mundial”, uma tendência a que Portugal não escapou: em 2023 o país captou um total de investimento de 1,6 mil milhões de euros, um decréscimo de cerca de 50% face ao ano anterior.

Volume de negócios de investimento em imóveis de rendimento em Portugal | Créditos: CBRE

No estudo é apontado que “a forte atividade de investimento observada desde 2015 tem visado sobretudo os setores de escritórios e centros comerciais, embora o interesse se tenha diversificado para outras classes de ativos”. Como é referido, “a maior aceitação do risco tem atraído o interesse de vários investidores para outros ativos operacionais, como hotéis, residências para estudantes e cuidados de saúde”.

No caso de Portugal, a CBRE e a VdA indicam que “o abrandamento da atividade de investimento não tem sido motivado pelo desempenho operacional dos ativos, mas é sobretudo motivado por uma abordagem demasiado cautelosa por parte dos investidores”.

Rendimentos de primeira linha nas principais classes de ativos imobiliários | Créditos: CBRE
Sobre o autorCarla Nunes

Carla Nunes

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Vila Baleira Hotels & Resorts abre nova unidade no Porto Santo no verão

O Vila Baleira Village abre no verão e vai disponibilizar 32 villas, 16 quartos Deluxe Superior e uma suíte com vista para o mar, localizando-se na primeira linha de praia do Porto Santo.

Publituris

O Grupo Vila Baleira Hotels & Resorts vai abrir, este verão, uma nova unidade hotelaria em Porto Santo, Madeira, o Vila Baleira Village, que será a quarta unidade do grupo e a terceira na ilha do Porto Santo.

Num comunicado enviado à imprensa, o grupo de hotelaria explica que o novo Vila Baleira Village vai disponibilizar 32 villas, 16 quartos Deluxe Superior e uma suíte com vista para o oceano e para o Ilhéu da Cal.

“É um hotel moderno e confortável e a melhor opção para famílias e casais, que procuram conforto, privacidade, ambiente descontraído e tranquilidade total no autêntico paraíso da Ilha Dourada, com as suas águas quentes e cristalinas”, realça a Vila Baleira Hotels & Resorts, num comunicado enviado à imprensa.

A nova unidade localiza-se na primeira linha de praia do Porto Santo e conta com acesso direto ao areal, distando poucos minutos do centro da cidade, assim como do aeroporto do Porto Santo.

“Estamos muito satisfeitos com o fecho deste negócio, visto que com este novo investimento teremos um novo conceito em Porto Santo. O Vila Baleira Village vem complementar as três unidades que temos neste momento no grupo e estamos certos que será mais um marco para o crescimento sustentável do Grupo Vila Baleira”, afirma Gonçalo Teixeira, administrador do grupo Vila Baleira Hotels & Resorts.

Entre as unidades de alojamento do Vila Baleira Village, o destaque vai para as 32 villas, que conta com áreas de 52 metros quadrados, cozinha totalmente equipada, sala e quarto.

Já os quartos Deluxe Superiores situam-se no primeiro piso do edifício principal da unidade hoteleira, assim como a suíte, a sala de animação para crianças, o ginásio, o SPA, o bar e o restaurante, que conta ainda com esplanada.

“Esta unidade é muito importante para a afirmação e reforço da posição do grupo com um posicionamento exclusivo na melhor localização, a primeira linha de praia do Porto Santo”, acrescenta Bruno Martins, diretor-geral do Grupo Vila Baleira Hotels & Resorts.

Com a abertura do Vila Baleira Village, o grupo de hotelaria passa a contar com quatro unidades de alojamento, um total de 504 quartos, incluindo 418 no Porto Santo e 86 no Funchal.

 

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Francisco Sottomayor é o novo presidente da Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts

O CEO da Norfin, Francisco Sottomayor, foi recentemente eleito presidente da ARP – Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts, que representa mais de uma centena de empreendimentos de imobiliário turístico-residencial.

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A Associação Portuguesa do Turismo Residencial e Resorts (APR) tem um novo presidente, cargo que passou a ser desempenhado por Francisco Sottomayor, CEO da Norfin, que foi recentemente eleito para liderar a associação.

Num comunicado enviado à imprensa, a APR explica que Francisco Sottomayor tem cerca de 20 anos de experiência no setor imobiliário e foi responsável pela Gestão de Ativos da Parque EXPO, que fez o desenho e implementação do maior projeto integrado de regeneração urbana de Lisboa, o Parque das Nações.

Francisco Sottomayor colaborou ainda, ao longo de 10 anos, com a CBRE Portugal, onde foi membro da Comissão Executiva e responsável pelo desenvolvimento do negócio de Development, tendo sido ainda diretor de Negócio Imobiliário da Caixa Geral de Depósitos.

A nível académico, o novo presidente da ARP conta com uma bacharelato em Comunicação e Jornalismo pelo Instituto Português de Estudos Superiores, tendo frequentado o Programa Avançado de Gestão para Executivos da Católica Lisbon Business & Economics e é certificado em Gestão de Projetos pelo Project Management Institute.

Recorde-se que a ARP foi constituída em 2011 e conta, atualmente, com 32 empresas associadas, que representam mais de uma centena de empreendimentos de imobiliário turístico-residencial.

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Páscoa 2024: Hotelaria em Portugal estima taxa de ocupação acima dos 70%

Um inquérito sobre “Perspetivas Páscoa 2024” levado a cabo pela AHP realizado junto das unidades hoteleiras associadas revela que a taxa de ocupação da hotelaria em Portugal deverá ascender os 70% nesse período, com o mercado nacional a destacar-se na maioria dos destinos turísticos. Os resultados dão conta que o fim de semana da Páscoa será mais forte do que o período de férias escolares.

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O fim de semana da Páscoa regista, na hotelaria nacional, uma taxa de reservas de 57% e um preço médio por quarto (ADR) de 141 euros, ambos valores “on the books”. Os hoteleiros antecipam uma taxa de ocupação (TO) de 75%, revelam os resultados de um inquérito promovido pela AHP – Associação de Hotelaria de Portugal, que decorreu de 8 a 17 de março. Na consulta consideram-se, entretanto, dois períodos: o das férias escolares (23 de março a 7 de abril) e o fim de semana da Páscoa (28 a 31 de março).

No que diz respeito ainda ao fim de semana da Páscoa e, analisando as diferentes regiões, observa-se que a Grande Lisboa lidera com uma taxa de reservas de 65%, seguida de perto pelo Algarve com 63%, do Centro com 56%, e da Madeira e dos Açores com 54%. Por outro lado, a região Norte apresenta a taxa de reservas mais baixa, com apenas 43%.

Quanto à taxa de ocupação estimada, a consulta da AHP conclui que a Grande Lisboa lidera com previsão de atingir 83%, seguida pelo Algarve com 78%, Centro com 77% e da Madeira com 74%.

Em comparação com o ano de 2023, 42% dos hoteleiros estima que será igual, 36% diz que será melhor e 22% prevê que será pior.

A AHP indicou ainda que, em relação ao ADR, a Madeira surge no topo da lista com 173 euros, seguida pelo Alentejo com 170 euros e a Grande Lisboa com 156 euros. A região Oeste e Vale do Tejo regista o ADR mais baixo, fixado em 97 euros. Quando comparado com 2023, 65% estimam que seja melhor, 18% igual e 17% pior.

Quanto ao apurado para o período das férias escolares Páscoa 2024, a taxa de reservas está atualmente nos 56%, com um preço médio por quarto (ADR) fixado em 135 euros, ambos os valores “on the books”. Já em relação à taxa de ocupação (TO), as expectativas dos hoteleiros é de que atinjam os 73% a nível nacional.

Detalhando os resultados pelas diferentes regiões do país, a AHP aponta que o Algarve destaca-se como o destino com a taxa de reservas mais elevadas, atingindo os 65%, seguido da Grande Lisboa com 61%, dos Açores com 57% e da Madeira com 53%. Por outro lado, a Península de Setúbal apresenta a taxa de reservas mais baixa, com 33% de reservas até ao fecho do inquérito.

Em relação à TO, a Grande Lisboa espera atingir os 79%, seguida pela Madeira com 77% e pelo Algarve com 76%.

Em comparação com o mesmo período de 2023, 46% dos hoteleiros estimam que será igual. Só 31% consideram que será melhor e 22% acham que será pior.

A região mais otimista, relativamente à TO, é a do Algarve (para 58% dos inquiridos a TO das férias da Pascoa de 2024 será melhor) seguida do Centro e do Alentejo. A região mais pessimista é a dos Açores.

Em termos de ADR “on the books”, a Madeira lidera com um valor de 165 euros, seguida do Alentejo com 157 euros e da Grande Lisboa com 150 euros. A Península de Setúbal apresenta, também aqui, o ADR mais baixo (73 euros).

Por comparação com o ano de 2023, para 60% dos inquiridos o ADR será superior, com destaque para os hoteleiros da Grande Lisboa; Península de Setúbal e Alentejo.

Quanto aos três principais mercados nas férias escolares, em todo o país, 87% dos hoteleiros referiram o mercado nacional como sendo o principal. O mercado espanhol foi mencionado por 55% dos participantes, enquanto o Reino Unido foi citado por 40%. Os Estados Unidos e a Alemanha também foram estão na lista com 31% e 26% das respostas, respetivamente.

Relativamente ao fim de semana, 88% dos hoteleiros destacaram o mercado nacional como o mais relevante. Na sequência, 63% mencionaram o mercado espanhol, seguido pelo Reino Unido com 35%, os EUA com 29% e a Alemanha com 26%.

No Algarve, o mercado nacional apresenta-se à cabeça, seguido do britânico. Já na Madeira, o mercado alemão e o britânico foram os mais referidos pelos hoteleiros e estão à frente do mercado nacional, enquanto nos Açores é o mercado nacional que vai à frente, seguido da Alemanha e dos Estados Unidos.

 

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Accor projeta expansão no 1ºsemestre incluindo abertura do Mercure Azores Ponta Delgada

No primeiro semestre de 2024, o grupo hoteleiro internacional Accor pretende consolidar a sua posição de liderança e expandir-se nos destinos mediterrânicos e de lazer, acelerando o crescimento das suas marcas Premium, Midscale e Economy. De referir a próxima abertura do seu primeiro hotel nos Açores, o Mercure Azores Ponta Delgada.

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A Accor continua a expandir o seu portefólio de marcas Premium, Midscale e Economy (PME) em toda a Europa, com abertura de novas unidades previstas para a primeira metade deste ano. O plano de crescimento para estas marcas baseia-se na forte posição do grupo no continente, que inclui aproximadamente 3000 hotéis PME em mais de 40 países, olhando essencialmente para os destinos mediterrânicos e de lazer.

Nesta área de mercado virada para o lazer, o grupo Accor destaca dois países – Espanha e Portugal, dois estabelecimentos em Benidorm, o Mercure, inaugurado em 2022, e um ibis Styles em preparação. De referir ainda a próxima abertura do seu primeiro hotel nos Açores, o Mercure Azores Ponta Delgada. A Accor também planeia aumentar a sua presença Premium nesta área.

Nos primeiros meses de 2024, a cadeia hoteleira já deu as boas-vindas a uma série de novos estabelecimentos, incluindo o TRIBE Milano Malpensa, a primeira entrada da marca de design em Itália, e o Mercure Tirana, a primeira propriedade da marca na Albânia, enquanto continua a expandir a família ibis com novos hotéis Economy em França, no Reino Unido e na Roménia. Na rede premium do Grupo, o Swissôtel abriu recentemente no Montenegro e na Geórgia.

Após um número recorde de contratos assinados no ano passado, até dezembro de 2023, a divisão PME tinha em carteira mais de 350 hotéis e mais de 45 mil quartos na região da Europa e do Norte de África.

Na bacia do Mediterrâneo, uma das principais áreas de crescimento da Accor, o grupo planeia expandir a sua presença com novas aberturas em Itália (Roma e Sondrio) e Chipre (Larnaca) sob as marcas Mercure e Handwritten Collection, bem como um forte crescimento em França, com mais de 30 novas aberturas previstas para a primeira metade de 2024. Outros destaques do crescimento europeu incluem a próxima abertura de um hotel Novotel em Hamburgo (Alemanha) e em Bruges (Bélgica), a estreia do ibis Styles na Islândia (Reykjavik) e do greet em Bruxelas (Bélgica), bem como a abertura do primeiro hotel TRIBE na Letónia (Riga). No Reino Unido, a Accor irá expandir a marca TRIBE com um novo hotel em Manchester e um novo ibis Styles no aeroporto de Gatwick.

 

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Cabo Verde: Hotel Golden Tulip Mindelo nasce dentro de dois anos

O Hotel Golden Tulip Mindelo, num investimento de quase 30 milhões de euros, deverá abrir as portas, na capital da ilha cabo-verdiana de São Vicente, no verão de 2026. Conta empregar mais de 400 pessoas, de acordo com os seus promotores.

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O Hotel Golden Tulip Mindelo é um projeto da Matiota Investimentos e será explorado pela cadeia internacional Louvre Hotel. Na qualidade de financiador, a Yunus Invest vai disponibilizar 29 milhões de euros, sendo os outros restantes sete milhões da responsabilidade da promotora, a Matiota Investimentos, empresa 100% cabo-verdiana. O custo global do projeto é de 36 milhões de euros.

A primeira pedra foi lançada em 2019 para as obras que deveriam arrancar no primeiro semestre de 2021, com duração estimada de 18 meses, contudo a pandemia da Covid-19, impediu o avanço dos trabalhos.

No entanto, os promotores do projeto, os empresários mindelenses Alexandre Novais e João do Rosário acabam de assinar os contratos de financiamento e de gestão da nova unidade hoteleira com o presidente do Golden Tulip Africa, Alain Sebah, e o presidente do fundo de investimentos Yunus Invest, Jehu Ndoumi. O ato foi apadrinhado pelo Presidente da República, José Maria Neves, que afirmou que, hoje, é preciso parcerias para construção dos empreendimentos turísticos de qualidade em Cabo Verde. “Estamos condenados a estabelecer parcerias, a construir pontes, para podermos ir mais rápido e mais longe”, disse o Chefe de Estado.

João do Rosário, citado pela imprensa, referiu que “A Matiota Investimentos apostou no Grupo Louvre para a exploração da sua unidade hoteleira com a prestigiada marca Golden Tulip Mindelo de mais quatro estrelas”, acrescentando que “o Louvre Group Hotel é uma das cadeias hoteleiras de prestígio internacional que gere mais de 10 mil hotéis em todo o mundo”.

Este empreendimento turístico inclui três fases distintas: Construção de um hotel de quatro estrelas com 212 quartos, que ficará sob a exploração da marca internacional Golden Tulip; Construção de uma sala polivalente que se chamará Opera Sisa e terá capacidade para receber até 600 pessoas sentadas, destinada a conferências nacionais e internacionais, mas também com uma animação cultural à noite aos fins de semana; Casino que não está contemplado no orçamento do projeto solicitado pelo Fundo Yunus Invest, mas está refletido numa das cláusulas da assinatura a cumprir com o Ministério das Finanças.

É neste quadro que a Matiota Investimentos assinou uma carta de intenções com o grupo francês Lucien Barrière visando explorar o casino. O projeto está avaliado em cerca de 36 milhões de euros.

O presidente do Golden Tulip para África, afirmou que a implementação do Grupo Louvre no país deve-se à política de turismo de Cabo Verde, bem como o facto do arquipélago servir de ponte entre os três continentes, África, América e Europa. “Decidimos então instalar-nos definitivamente em Cabo Verde através de uma série de projetos, o primeiro dos quais é o Golden Tulip Hotel”, afirmou.

Composto por dois imóveis, o mais baixo terá dois pisos e ocupará uma área de 4.000m2, enquanto o mais alto terá 11 pisos e será construído num terreno com 18.000 metros quadrados, o Hotel Golden Tulip Mindelo será edificado onde funciona a atual Alfândega do Mindelo, nas imediações da praia da Laginha.

 

 

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Conselho Europeu aprova definitivamente o regulamento relativo ao arrendamento de curta duração

O Conselho Europeu (CE) salienta que este regulamento limita-se a harmonizar a criação de um sistema de registo de fácil utilização com disposições comuns e não se destina a regulamentar o acesso ao mercado nestas atividades.

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O Conselho adotou esta segunda-feira, dia 18 de março, um regulamento sobre a recolha e a partilha de dados relativos aos serviços de arrendamento de alojamento de curta duração. Este regulamento reforçará a transparência no domínio do arrendamento de alojamento de curta duração e ajudará as autoridades públicas a regular esta parte cada vez mais importante do setor do turismo. Trata-se do último passo do processo de decisão.

“O regulamento relativo ao arrendamento de curta duração é um elemento importante para garantir uma maior transparência no domínio do arrendamento de curta duração e apoiar as autoridades públicas na promoção do turismo sustentável. A recolha e a partilha de dados permitirão a aplicação de políticas locais eficazes e proporcionadas para ter em conta os desafios e oportunidades associados ao setor do arrendamento de curta duração. O regulamento estabelece um equilíbrio entre a promoção da inovação e a proteção das comunidades e permite uma concorrência leal no setor, garantindo simultaneamente a qualidade para os consumidores. De um modo geral, o regulamento contribuirá para tornar o ecossistema do turismo mais sustentável e para apoiar a transição digital deste setor”, refere Valérie De Bue, ministra do Turismo da Valónia.

Transparência e recolha de dados
As novas regras introduzem obrigações de registo harmonizadas para os anfitriões e as propriedades de arrendamento de curta duração, incluindo a atribuição de um número de registo único a indicar nos sítios Web das propriedades e nas plataformas em linha. Os anfitriões terão de apresentar informações elementares para poderem obter este número de registo, que será necessário para prestar serviços de arrendamento de curta duração. As plataformas em linha terão de fornecer regularmente informações a um ponto de entrada digital único nos Estados-Membros sobre as atividades de arrendamento dos seus anfitriões. Tal ajudará as autoridades competentes a produzir estatísticas fiáveis e a tomar medidas regulamentares bem fundamentadas.

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Club Med cresce 17%, em 2023, e atinge quase 2MM€ de volume de negócios

Em Portugal, o Club Med cresceu 27% face a 2022, com os destinos de neve a registarem um aumento de 63%.

Victor Jorge

O volume de negócios do Club Med ascendeu, em 2023, a 1,981 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 17% em comparação com 2022 (1,699 mil milhões de euros) e +16% em relação a 2019, com base numa capacidade de resort melhorada, mas reduzida, de 2,3% em comparação com 2019.

O rendimento operacional resorts ascendeu a 174 milhões de euros, um aumento de 64% em comparação com 2022 e de mais de 70% em comparação com 2019, indicando ainda um resultado líquido de 99 milhões de euros.

A capacidade dos resorts aumentou 6% em comparação com 2022, com 97% de capacidade de luxo ou muito luxo (+10 pontos em relação a 2019), indicando os resultados a mais de 1,5 milhões de clientes a passarem férias no Club Med, um aumento de 16% em comparação com 2022, principalmente graças à recuperação da Ásia em 2022, após a continuação das restrições da pandemia.

Henri Giscard d’Estaing, presidente do Club Med, refere que, “depois de regressar ao seu nível pré-pandémico já em 2022, o Club Med atingiu quase 2 mil milhões de euros em volume de negócios pela primeira vez na sua história. O aumento de 50% da sua margem operacional, perto de 10%, e o seu lucro líquido recorde demonstram o sucesso do novo modelo de negócio do Club Med, cuja transformação começou em 2004”.

O responsável adianta ainda, em comunicado, que “o ano de 2024 marcará a finalização bem-sucedida da transição para o mercado superior do nosso portefólio de resorts. Nos seus 74 anos de história, o Club Med nunca teve um portefólio de resorts tão apetecível, quer sejam novos, recentes ou renovados. Com um novo e forte aumento nas reservas para o primeiro semestre de 2024, o Club Med está no bom caminho para se tornar um campeão mundial francês e a marca de turismo de lifestyle mais desejável, oferecendo uma experiência de mudança de vida aos seus funcionários e contribuindo para o turismo sustentável”.

Portugal acompanha crescimento
No que diz respeito a Portugal, a tendência de crescimento global foi transferida para o mercado português, que registou um crescimento de 27% e, em particular, os destinos de neve (que representam 49% do negócio total) aumentaram 63% em comparação com 2022.

As três principais estâncias de neve para os portugueses são Tignes que abriu totalmente renovada em dezembro de 2023 (+625% face a 2022), Val Thorens (+3% que em 2022) e Alpe d’Huez (+189% que em 2022).

O segundo pilar da empresa em Portugal são os destinos long haul, onde os principais destinos são Seychelles, Punta Cana e Cancún. Em comparação com 2022, as Seychelles registam um aumento de 20%, Cancun aponta +57% e Punta Cana aumentou 3%, representando estes três destinos 48% do negócio long haul.

Em termos de destino de short haul (que corresponde a 20% do negócio total), o resort Da Balaia mantém-se a primeira eleição dos portugueses (com um aumento de 26%), representando 43% do total de negócios desta categoria. A vizinha Marbella também é uma das principais escolhas (+31%), bem como Gregolimano na Grécia (+178%), e Yasmina em Marrocos (+29%).

Crescimento em todas as geografias
O volume de negócios da Europa situou-se em 1.195 milhões de euros, um aumento de 7% e 11% em relação a 2022 e 2019, respetivamente, apesar de um contexto geopolítico e inflacionário sensível.

A capacidade dos resorts na Europa aumentou 4% em relação a 2022 (-10% vs 2019), com um aumento de 12 pontos da sua capacidade upscale, indicando as contas um número total de clientes de 615.000, +3% do que em 2022.

A tarifa diária média na Europa foi de 239 euros, aumentando mais de 8% em relação ao ano de 2022, devido à inflação e ao crescimento da capacidade dos resorts premium e de esqui.

Em 2023, França continuou a ser o maior mercado mundial do Club Med, com um volume de negócios de 743 milhões de euros, representando 37,5% do volume de negócios global; aumentando 5,4% em relação a 2022 e 9,8% em relação a 2019, com menos 10% de capacidade devido ao aumento do portfólio do Resort.

Na região das Américas (Norte e Sul), o volume de negócios ascendeu a 478 milhões de euros, tendo crescido 23,5 % em relação a 2022 e 62,7 % em relação a 2019.

O número de clientes registou uma evolução de 5 % em relação a 2022 e de mais de 20% em relação a 2019.

A região da América do Norte beneficiou do facto de o Canadá se ter tornado um mercado estratégico após a abertura bem-sucedida do seu primeiro resort de montanha, o Quebeque Charlevoix, no final de 2021, do seu “efeito de auréola” global na atividade e do desenvolvimento do mercado de Ontário.

Em 2023, o Brasil tornou-se o segundo mercado de vendas a nível mundial em termos de volume de negócios, devido a um sólido impulso nas viagens domésticas e nas férias nos Alpes.

Já na Ásia, o Club Med viu o seu volume de negócios aumentar em 96% em comparação com 2022 e recuperou para 101% do mesmo período em 2019, apesar de o negócio de saída da China ainda estar longe do nível pré-pandémico.

O número de clientes aumentou mais de 50% em comparação com 2022 e excedeu o nível pré-pandémico em mais de 5%.

Este aumento deve-se a várias razões como, por exemplo, o fenómeno “Revenge Travel” na Ásia-Pacífico, um forte impulso nas viagens domésticas na China (+26% de volume de negócios em comparação com 2022) com capacidade crescente (+10% em comparação com 2022) e o sucesso do novo Club Med Kiroro Peak, o terceiro resort de montanha em Hokkaido, Japão, inaugurado em dezembro de 2022.

Tendência de reservas muito encorajadora para o primeiro semestre de 2024
As tendências para o primeiro semestre de 2024, impulsionadas em particular pelo crescimento contínuo da procura das férias na montanha no Club Med e pelo fenómeno das “viagens de vingança” na Ásia, refletem uma nova fase de crescimento, em comparação com o mesmo período de 2023, que já registou valores históricos.

Assim, as reservas para partidas no 1.º semestre de 2024 (a partir de 2 de março de 2024), aumentaram 14% em comparação com o 1.º semestre de 23, evoluindo de forma diferente em várias áreas geográficas. Enquanto na Europa o crescimento é de 7%, as Américas sobrem 11%, para a Ásia indicar uma evolução de 51%, graças ao fenómeno das “viagens de vingança”, na sequência da reabertura de vários destinos e mercados no Sudeste Asiático e da recuperação gradual do sector do turismo na China.

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ALA urge o Governo a promover o destino Açores face à redução de ligações da Ryanair

Após o anúncio de que a Ryanair não tem voos programadas de e para os Açores para o próximo inverno IATA, e perante a descida no número de dormidas no arquipélago, a Associação do Alojamento Local dos Açores (ALA) alerta para a necessidade de atuação urgente por parte do Governo.

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A Associação do Alojamento Local dos Açores (ALA) mostra-se apreensiva quanto à descida no número de dormidas nos Açores pelo segundo mês consecutivo, urgindo o Governo dos Açores e a VisitAzores a “aumentar significativamente a promoção do arquipélago no exterior, de forma a gerar mais fluxo de turistas para os Açores e assim tentar minimizar as perdas”.

Em nota de imprensa enviada às redações, a ALA dá conta de que tanto em dezembro como em janeiro o total de dormidas desceu 4,4% nos Açores, num total de 42.314 dormidas, com as maiores descidas a verificarem-se nas ilhas do Corvo, Graciosa, Terceira, Santa Maria e São Miguel. A associação reporta-se ainda a dados do Serviço Regional de Estatística dos Açores para dar conta de que “das respostas declaradas no mês de janeiro, 65,6% dos estabelecimentos de alojamento local ativos reportaram que não tiveram movimento de hóspedes”.

No entender da associação, estes valores “confirmam aquilo que a ALA tem vindo a alertar nos últimos meses, perante a redução do número de ligações aéreas da Ryanair”, um fator que considera ser agravado com a notícia desta quinta-feira “de que a Ryanair não tem voos programados de e para os Açores, para o próximo inverno IATA, ou seja, do final de outubro ao final de março”.

“A confirmar-se, a ausência desta companhia aérea nos Açores, durante quase seis meses, será um duro golpe na economia da região, onde se inclui o alojamento local, acentuando ainda mais a sazonalidade do turismo nos Açores. A preocupação aumenta ainda mais quando temos pela frente a privatização da Azores Airlines, com todas as dúvidas e incertezas em relação ao futuro da companhia e das ligações de e para os Açores”, refere João Pinheiro, presidente da ALA, em nota de imprensa.

O presidente da associação alerta ainda para o facto de o abrandamento do turismo a nível nacional poder ser “um fator desestabilizador do setor nos Açores, já que o continente português é um mercado emissor bastante importante para o arquipélago”.

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Eurostars Hotel Company antecipa crescimento ao ritmo de 20 hotéis por ano

No passado ano de 2023, a Eurostars Hotel Company, cadeia hoteleira do grupo Hotusa, aumentou o portefólio com 21 novos hotéis. Destes, 16 estabelecimentos já estão operacionais e três vão inaugurar este ano. Os últimos dois hotéis vão estar operacionais em 2025.

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Este crescimento resultou num total de 2.581 quartos distribuídos por oito países, nomeadamente 12 novos hotéis em Espanha, dois na Hungria, dois em Portugal, um no México, um em Montenegro, um no Panamá, um no Peru e um outro na Holanda. Agora, a expetativa da cadeia hoteleira passa por crescer ao ritmo de 20 hotéis por ano.

“Estamos muito satisfeitos com a consolidação da nossa política de expansão. Nos últimos anos atingimos uma velocidade de cruzeiro que nos permite um crescimento sustentado e constante de cerca de 20 hotéis por ano, um valor que estamos convencidos que conseguiremos manter num futuro próximo”, afirma Amancio López, presidente do grupo Hotusa, em nota de imprensa.

A cadeia espera vir a expandir-se em Espanha e no continente europeu, “tanto nas capitais como nas cidades de segunda linha”, sempre na faixa entre as três e as cinco, como refere em comunicado. No entanto, a Eurostars não coloca de parte a possibilidade de desenvolver negócios na América Latina, nos Estados Unidos da América e em África, bem como a de analisar operações nos mercados de férias e de sol e praia, apesar de no seu portefólio “predominarem os estabelecimentos urbanos”.

Cadeia abre três hotéis em Espanha este ano

Relativamente aos três estabelecimentos a inaugurar este ano, a Eurostars refere em nota de imprensa de que deverão abrir portas “em breve”.

O primeiro será o Tandem Solera 4*, localizado a poucos metros do Teatro Villamarta em Jerez de la Frontera, numa casa senhorial datada de 1589. A unidade hoteleira vai buscar o nome “solera” a um dos métodos tradicionais de envelhecimento do vinho, que serve de inspiração para as 20 suites do hotel.

Já o Exe Portals Nous 4*, com 88 quartos e uma piscina exterior, deverá abrir portas durante a Páscoa numa zona residencial muito próxima da marina de Puerto Portals.

O terceiro hotel a abrir no último trimestre de 2024 será o Eurostars San Antón 4*, após ter sido alvo de uma profunda renovação. Localizado em Granada, em frente ao Palácio de Congressos, o hotel conta com 189 quartos, três espaços de restauração e bebidas, quatro salas de reuniões e um terraço com piscina.

Os planos para 2025

Para 2025 é esperada a abertura de dois hotéis cinco estrelas da cadeia hoteleira em Valladolid, em Espanha, e na Holanda.

Em Valladolid, a rede vai administrar um cinco estrelas construído no terreno do antigo El Corte Inglés, na rua Constitución. O imóvel tem uma área de 18.000 metros quadrados e vai abrigar, além do hotel, uma área comercial. O hotel ocupará três andares do edifício com 75 quartos, uma área de restauração de 330 metros quadrados com um restaurante gastronómico, uma piscina no terraço e 20 lugares de estacionamento.

A cadeira hoteleira vai ainda estrear-se na Holanda com um projeto junto ao porto de Rotterdam. O hotel será erguido num edifício multifuncional de 12 pisos no bairro Rotterdam Rijnhaven. Com uma área de 11.000 metros quadrados, o empreendimento vai albergar uma área comercial com marcas de luxo, restaurantes, uma zona residencial e escritórios. O hotel de 188 quartos vai ocupar os últimos sete pisos do edifício, bem como parte do rés-do-chão e do piso -2, sendo composto por restaurante, salões, estacionamento, ginásio e rooftop.

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