Ryanair diz ter “solução” para o problema dos “voos fantasma” da Lufthansa
A corrida aos ‘slots’ nos diversos aeroportos mundiais é um dos problemas que as companhias aéreas enfrentam. Contudo, a Ryanair diz ter solução, por exemplo, para os 18.000 “voos fantasma” que a Lufthansa diz ter de fazer para preservar esses mesmos ‘slots’.
Victor Jorge
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Depois de a Lufthansa ter afirmado que efetuava 18.000 voos “desnecessários” para preservar os ‘slots’ nos aeroportos em todo o mundo, mostrando-se o CEO do Grupo Lufthansa especialmente crítico em relação às regulamentações da União Europeia, já que esta situação “prejudica o clima e é exatamente o oposto do que a Comissão Europeia deseja alcançar”, a Ryanair vem agora propor a resolução desse problema da companhia aérea alemã.
Apelando à Comissão Europeia que ignore as falsas alegações da Lufthansa sobre a operação de “voos fantasma”, apenas para que possa “bloquear” os seus ‘slots’ e proteger-se da concorrência das companhias aéreas low-cost, a companhia liderada por Michael O’Leary é perentório na solução: “a Lufthansa deveria vender lugares a tarifas baixas e recompensar os consumidores da UE, muitos dos quais responsáveis por financiar 12 mil milhões de euros de auxílios estatais que a Lufthansa e as suas filiais na Bélgica, Áustria e Suíça já receberam dos contribuintes durante os últimos dois anos de pandemia”.
No entender da Ryanair, a Lufthansa “queixa-se” dos “voos fantasma”, “não devido a preocupações com o meio ambiente, mas sim para que possa proteger os seus ‘slots’ (que não estão a utilizar), ao mesmo tempo que elimina a concorrência e a escolha do consumidor”.
Michael O’Leary, CEO do grupo Ryanair, afirma, em comunicado, que “se a Lufthansa precisa realmente de operar estes voos (apenas para evitar a libertação de ‘slots’ para as companhias aéreas concorrentes), então deveria ser-lhes exigido que vendam estes lugares ao público a tarifas baixas”.
O’Leary, que tem sido bastante crítico das ajudas que os diversos governos têm dados às companhias aéreas, deslocando-se a Lisboa com muita frequência, concluiu que a Lufthansa “adora chorar lágrimas de crocodilo sobre o ambiente quando faz tudo ao seu alcance para proteger os seus ‘’slots”. E acusa o grupo alemão de “bloquear a concorrência e limitar a escolha em grandes aeroportos centrais como Frankfurt, Bruxelas Zaventem, Viena, entre outros”.
“Se a Lufthansa não quer operar ‘voos fantasma’ para proteger os seus ‘slots’, então basta vender estes lugares a tarifas baixas e ajudar a acelerar a recuperação das viagens aéreas de curta e longa distância de e para a Europa”, diz O’Leary.
Entretanto, a Ryanair apela novamente à Comissão Europeia para forçar a Lufthansa e outras companhias aéreas subsidiadas pelo Estado a libertarem ‘slots’ que não desejam utilizar, para que “os ‘Ghostbusters’ de tarifas baixas como a Ryanair, entre outros, possam oferecer escolha, concorrência, e tarifas mais baixas em aeroportos centrais”.