Mais de 150 mil passageiros portugueses têm direito a compensações por voos cancelados ou atrasados desde maio de 2022
De acordo com as contas da AirHelp, em Portugal, 22.500 voos sofreram perturbações e 1.120 foram cancelados nos meses de maio, junho e julho deste ano.
Victor Jorge
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De acordo com dados fornecidos pela AirHelp, relativamente aos meses de maio, junho e julho, mais de 150 mil passageiros portugueses têm direito a compensações por voos cancelados ou atrasados durante este período.
Os dados indicam que, em maio, 5.700 voos sofreram perturbações; 250 voos foram cancelados, e 31.000 passageiros têm direito a compensações. No mês de junho, o número de voos que sofreu perturbações aumento para 7.500 voos, sendo que 300 voos foram cancelados e 45.000 passageiros têm direito a compensações. Finalmente, em julho, a AirHelp assinala 9.300 voos que sofreram perturbações; 570 voos cancelados, e 83.000 passageiros têm direito a compensações.
Segundo a maior organização do mundo especializada na defesa dos direitos dos passageiros aéreos, “estas perturbações são o resultado de greves convocadas por diferentes companhias aéreas, do aumento da procura de voos e do aumento do tráfego aéreo”.
Os dados da AirHelp salientam ainda que a procura dos seus serviços em Portugal cresceu 213% nestes três meses e 111% apenas no mês de julho.
Numa análise mais vasta, desde o começo do verão e até à data, “3,8 milhões de passageiros em todo o mundo têm direito a uma compensação, sendo que deste total 1,6 milhões correspondem apenas ao mês de julho, ou seja, metade do valor global destes três meses corresponde apenas ao mês de julho”, refere a companhia em comunicado.
Destes, 158 mil passageiros são portugueses, um número acima dos EUA (140 mil) e da Polónia (72 mil).
“Em termos mundiais, de maio a julho deste ano, 195 milhões de passageiros sofreram perturbações nos seus voos (atrasos, overbooking, etc.), sendo que 79 milhões correspondem apenas ao mês de julho. Por outro lado, 33,6 milhões de passageiros viram o seu voo cancelado neste período, dos quais 11,8 milhões correspondem ao mês de julho”, refere ainda a AirHelp.
Direitos dos Passageiros Aéreos
Tendo em conta estes dados, a AirHelp anunciou o lançamento de um documento que pretende “informar e sensibilizar os passageiros aéreos para os seus direitos quando os seus voos são atrasados, cancelados ou estão em overbooking”. De acordo com o “Guia de Direitos dos Passageiros Aéreos”, os passageiros cujos voos sejam cancelados ou sofram um atraso de três ou mais horas, assim como os passageiros a quem seja recusado o embarque sem motivo justificável, têm “o direito ao reencaminhamento para o seu destino final à primeira oportunidade ou ao reembolso do preço do bilhete do voo não utilizado; nos casos de perda de voo de ligação, têm, em alternativa, direito a um voo de regresso para o primeiro ponto de partida”.
Além disso, os passageiros possuem, também, o direito a “assistência gratuita, designadamente, refeições e bebidas durante o tempo de atraso, alojamento em hotel, caso seja necessária a pernoita por uma ou mais noites, e a transporte entre o alojamento e o aeroporto”, bem como “acesso a comunicações, incluindo duas chamadas telefónicas e a possibilidade de enviar mensagens de telex, fax ou e-mails”.
Já o direito a uma compensação “pode ir até aos 600 euros por passageiro, dependendo da distância entre o local de partida e o destino final da viagem (independentemente do número de voos), do atraso verificado à chegada, bem como de se tratar de um voo dentro ou fora da União Europeia”.