Viagens dos residentes em alta, mas para fora continuam abaixo de 2019
No 2.º trimestre de 2023, os residentes em Portugal realizaram 5,7 milhões de viagens, número que fica 1% acima dos níveis de 2019. Contudo, para o exterior, ficaram 1,9% abaixo do mesmo período pré-pandemia.
Publituris
AHP pede “maior transparência” sobre alocação de taxas turísticas em Albufeira
ERT de Lisboa congratula-se sobre a localização do NAL, mas considera obras no AHD “essenciais”
Mais de 13,5 milhões de passageiros passaram por aeroportos portugueses no 1.º trimestre de 2024
Emirates volta a recrutar em Portugal em maio
V-Valley e Consultia Business Travel unem-se na comercialização da solução Destinux no mercado ibérico
Moon & Sun Lisboa abre portas na Baixa Pombalina
NAV avança com reestruturação do espaço aéreo da Área Terminal de Lisboa
Negócios no turismo voltam a cair no 1.º quadrimestre de 2024
30 anos de democracia sul-africana e potencial ilimitado de África marcam arranque da Africa’s Travel Indaba 2024
“Melhores Aldeias Turísticas” 2024 da UN Tourism recebe mais de 260 candidaturas
No 2.º trimestre de 2023, os residentes em Portugal realizaram 5,7 milhões de viagens, o que correspondeu a um acréscimo de 6,1% face a igual período de 2022. Já face ao trimestre anterior de 2023, o crescimento foi de 11,8%, enquanto em comparação com o 1.º trimestre de 2019, a evolução foi de 1%.
As viagens em território nacional – 4,8 milhões, representando 85,6% das deslocações – foram determinantes para este aumento, revelam os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), registando um acréscimo de 5,5% face ao mesmo trimestre de 2022 e um aumento de 1,5% quando comparado com o 2.º trimestre de 2019).
Já as viagens com destino ao estrangeiro cresceram 9,8%, totalizando 812,2 mil viagens (14,4% do total), frisando o INE que se trata de uma “uma aproximação progressiva aos níveis de 2019”, ficando 1,9% abaixo desses valores no 2.º trimestre de 2023 (no 1.º trimestre do atual exercício ficaram4,6%abaixo do mesmo período de 2019).
O INE refere ainda que o número de viagens aumentou em todos os meses do trimestre: +10,4% em abril, +6,2% em maio e +1,7% em junho. Face a 2019, registaram-se aumentos em abril e maio (+5,7% e +0,4%, respetivamente), a que se seguiu um decréscimo de 3,4% em junho.
“Lazer, recreio ou férias” como principal motivação
O “lazer, recreio ou férias”, tal como nos períodos homólogos de 2019 e 2022, foi a principal motivação para viajar no 2.º trimestre de 2023, originando 2,7 milhões de viagens, correspondendo a mais 9,1% face ao período homólogo de 2022 (+0,5% face ao 2.º trimestre de 2019), que representaram 48,4% do total (+1,3 p.p. face ao 2.º trimestre de 2022; -0,2 p.p. que no 2.º trimestre de 2019).
A “visita a familiares ou amigos” também registou um acréscimo, +3,2% (+1,3% comparando com o 2.º trimestre de 2019), em resultado de 2,1 milhões de viagens (37,8% do total, -1,1 p.p. face ao 2.º trimestre de 2022; +0,1 p.p. que no 2.º trimestre de 2019).
As viagens por motivos “profissionais ou de negócios” destacam-se ao registar o único decréscimo (-3,1% do que no 2.º trimestre de 2022 e -13,6% face ao 2.º trimestre de 2019), com 450,7 mil deslocações, que corresponderam a 8% do total (-0,8 p.p. face ao 2.º trimestre de 2022 e -1,3 p.p. do que no 2.º trimestre de 2019).
A marcação prévia de serviços foi utilizada em 37,6% das viagens dos residentes realizadas no 2.º trimestre de 2023 (+0,5 p.p.), tendo significativamente maior expressão nas deslocações com destino ao estrangeiro (91,2%; -4,3 p.p.) do que nas viagens nacionais (28,6%; +0,9 p.p.).
A internet foi utilizada no processo de organização de 25,6% das deslocações (-0,8 p.p.), tendo este recurso sido opção em 64,8% (-7,2 p.p.) das viagens para o estrangeiro e em 19% das viagens em território nacional, sem alteração face ao 2ºT de 2022.
A borla no alojamento
Em termos de alojamento, o “alojamento particular gratuito” manteve-se como a principal opção de alojamento (60,4% do total), registando 11,5 milhões de dormidas nas viagens de residentes no 2.º trimestre de 2023, tendo sido a modalidade privilegiada em 94,5% das que foram motivadas pela “visita a familiares ou amigos” e em 43,8% das deslocações em “lazer, recreio ou férias”.
Os “hotéis e similares” concentraram 25,3% das dormidas resultantes das viagens turísticas dos residentes (4,8 milhões de dormidas), tendo sido a opção de alojamento predominante nas deslocações “profissionais ou de negócios” (50,2%).
O INE revela inda que, no 2.º trimestre de 2023, cada viagem teve uma duração média de 3,36 noites (3,37 no 2.º trimestre de 2022; 3,44 no 2.º trimestre de 2019). A duração média mais baixa foi registada em maio (3,03 noites, 2,78 em maio de 2022) e a mais elevada ocorreu em junho (3,84 noites, 3,97 em junho de 2022).
A concluir, o INE indica que, no 2.º trimestre de 2023, 24,6% dos residentes fizeram pelo menos uma deslocação turística, +0,7 p.p. face ao mesmo período do ano anterior, mas ainda abaixo dos níveis de 2019 (-4,2 p.p.). Numa análise mensal, a proporção de residentes que viajou aumentou em abril e maio (+1,2 p.p. e +0,2 p.p., respetivamente), mas decresceu em junho (-0,6 p.p.). Em comparação com os mesmos meses de 2019, registaram-se diminuições na proporção de turistas residentes em todos os meses (-4,0 p.p., -1,8 p.p. e -1,3 p.p., de abril a junho, respetivamente).