CLIA prevê que 100% dos navios de cruzeiro transoceânicos estejam a operar em agosto
Apesar do impacto da pandemia, o relatório da CLIA mostra que “a indústria de cruzeiros prosseguiu a retoma de atividade de forma responsável, com protocolos comprovados que estão na vanguarda do setor”.
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A CLIA – Associação Internacional de Companhias de Cruzeiros prevê que, no mês de agosto, 100% dos navios de cruzeiros transoceânicos estejam de regresso à operação, revelando que, atualmente, essa percentagem chega já aos 75%.
Os dados revelados pela CLIA constam do relatório 2022 State of the Cruise Industry Outlook, que foi divulgado esta sexta-feira, 28 de janeiro, e que traça um retrato do estado atual dos cruzeiros, através do qual, indica a associação, é possível perceber que “a indústria de cruzeiros prosseguiu a retoma de atividade de forma responsável, com protocolos comprovados que estão na vanguarda do setor”.
“A aplicação de protocolos na vanguarda do setor está a facilitar a retoma do turismo de cruzeiro em todo o mundo, possibilitando o regresso das pessoas à sua atividade laboral e refortalecendo as economias locais e nacionais”, indica o relatório da CLIA, que revela que, desde a retoma de operação, em julho de 2020, as companhias de cruzeiros transportaram já mais seis milhões de passageiros.
Apesar das expetativas positivas, o relatório da CLIA mostra também o profundo impacto que a pandemia da COVID-19 teve nesta atividade, já que, em 2020 o total de passageiros embarcados em navios de cruzeiros desceu 81%, para 5,8 milhões, enquanto os postos de trabalho associados à indústria de cruzeiros caíram 51%, somando 576.000, e a contribuição económica desta atividade encolheu 59%, para 64,4 mil milhões de euros.
“Em comparação com 2019, os dados económicos relativos a 2020 ilustram os profundos efeitos da pandemia na comunidade de cruzeiros em geral e sublinham a importância do turismo de cruzeiros para as economias de todo o mundo”, refere o relatório da CLIA.
A CLIA aponta ainda a importância desta atividade através dos gastos dos passageiros, que contribuem para a criação de “empregos e oportunidades para as comunidades locais em todo o mundo”, uma vez que, por cada 24 turistas de cruzeiros é criado um posto de trabalho a tempo inteiro equivalente, sendo que cada passageiros gasta, em média, 750 dólares nas cidades visitadas ao longo de um cruzeiro de sete dias.
O relatório da CLIA estima ainda que, este ano, as companhias suas associadas estreiem 16 novos navios de cruzeiro, incluindo cinco navios movidos a GNL e nove navios de expedição, e todos “equipados com sistemas avançados de tratamento de águas residuais”, naquela que é uma das grandes tendências desta indústria, que tem vindo a reinventar-se em prol da sustentabilidade e de um menor impacto ambiental.
“Até 2027, a frota de cruzeiros marítimos da CLIA irá refletir avanços significativos na busca de um futuro mais limpo e eficiente por parte da indústria de cruzeiros”, acrescenta a associação, que estima o lançamento de 26 navios movidos a GNL até 2027 e que, até essa data, 81% de capacidade global esteja equipada com sistemas avançados de tratamento de águas residuais, enquanto 174 navios de cruzeiro já vão ter capacidade para receber energia diretamente da rede elétrica terrestre.
“O turismo costeiro e marítimo é um importante motor económico, e continuamos a trabalhar em parceria com destinos de cruzeiro para permitir que as comunidades locais tirem proveito de um turismo responsável. Os nossos membros estão igualmente a investir em novas tecnologias e novos navios e continuam a perseguir o objetivo de descarbonizar as operações dos navios até 2050”, refere Kelly Craighead, presidente e CEO da CLIA.
O relatório 2022 State of the Cruise Industry Outlook pode ser consultado na íntegra AQUI .
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