Subida dos preços das low cost vai reduzir acessibilidade das viagens internacionais, prevê GlobalData
Segundo a GlobalData, o aumento dos preços dos bilhetes nas companhias aéreas low cost já está a ameaçar a recuperação turística do Reino Unido, que estava prevista até 2024.
Inês de Matos
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O aumento dos preços dos bilhetes nas companhias aéreas low cost, a exemplo da Ryanair, cujo presidente executivo, Michael O’Leary, admitiu recentemente que a época dos preços baixos na aviação terminou, vai reduzir a acessibilidade das viagens internacionais, prevê a GlobalData.
“As companhias aéreas de baixo custo, como a Ryanair, permitiram que mais e mais pessoas viajassem para o exterior. No entanto, o aumento dos preços dos bilhetes só agravará a atual crise do custo de vida, e aqueles que já estão a ter dificuldade podem ser excluídos do mercado das viagens”, afirma Benedict Bradley, analista temático da GlobalData.
De acordo com o responsável, esta crise dos preços já está a pressionar o mercado das viagens internacionais, arrastando no tempo a crise que a pandemia já tinha vindo provocar, pelo que não é de estranhar que se venha a assistir a um crescimento das viagens domésticas, enquanto as viagens internacionais vão ser pressionadas pelos cancelamentos.
A GlobalData alerta que o aumento de preços pode ser insignificante para muitos viajantes, mas ter um efeito dissuasor para muitos outros, podendo mesmo levar a que os planos de férias nos próximos anos sejam reconsiderados, a exemplo do mercado britânico, cuja recuperação estava prevista para 2024 mas em relação ao qual a GlobalData vem agora dizer que o aumento dos preços pode colocar essa perspetiva “em risco”.
“Quando questionados na pesquisa de consumidores do segundo trimestre de 2022 da GlobalData, 66% dos entrevistados do Reino Unido disseram estar extremamente ou ligeiramente preocupados com o impacto da inflação no orçamento doméstico. Viajar pode ser a primeira coisa a deixar cair para aliviar esses problemas de custo de vida”, lê-se na informação divulgada pela empresa de análise de dados.
“O aumento nas tarifas está a ser impulsionado por um aumento dramático nos custos do combustível. Desde o início de 2022, o preço do combustível de aviação aumentou 90%. A Ryanair é a primeira companhia aérea de baixo custo a declarar publicamente o fim dos voos super low-cost. No entanto, a inflação do preço do combustível não é exclusiva da Ryanair e aumentará os custos gerais em todo o setor, impactando negativamente não apenas a Ryanair, mas concorrentes como easyJet e Wizz Air. Esta não é uma boa notícia para os turistas”, conclui Keir Maclean, analista da GlobalData.
Recorde-se que o presidente executivo da Ryanair, Michael O’Leary, deu recentemente uma entrevista à BBC Radio 4, na qual admitiu que os preços da aviação vão subir, incluindo nas companhias aéreas low cost, e que o tempo dos bilhetes a 10 euros acabou, devido ao aumento dos preços provocado pela guerra na Ucrânia, principalmente do combustível da aviação.
(Leia a notícia sobre as declarações de Michael O’Leary aqui)