Lufthansa e Brussels: Comissão Europeia preocupada com concorrência
A Comissão Europeia está preocupada com a eventual falta de concorrência em algumas rotas, caso o negócio entre a Brussels Airlines e a Lufthansa, para a compra de 45 por cento, se venha a concretizar. Daí que tenha dito à companhia alemã que há rotas onde é preciso mais de um operador. Em causa… Continue reading Lufthansa e Brussels: Comissão Europeia preocupada com concorrência
Joana Barros
Soltour volta a lançar charters para Samaná à partida de Lisboa
Iberia celebra 85 anos de voos ininterruptos entre Madrid e Lisboa
Princess Cruises altera dois cruzeiros de volta ao mundo devido a conflitos no Médio Oriente
Brilliant Lady é o 4.º navio da Virgin Voyages e chega em setembro de 2025
Bruxelas inicia ação contra 20 companhias aéreas por práticas enganosas de “greenwashing”
Dubai recebe Arabian Travel Market entre 6 e 9 de maio
Etihad Airways coloca A380 na rota de Paris a partir de novembro
Croatia Airlines passa a integrar APG-IET
Turismo de Portugal inaugura Centro de Incubação de Base Tecnológica para o setor do Turismo a 6 de maio
Gestão de frota e manutenção de motores PW150A da TAAG será feita pela Pratt & Whitney Canada
A Comissão Europeia está preocupada com a eventual falta de concorrência em algumas rotas, caso o negócio entre a Brussels Airlines e a Lufthansa, para a compra de 45 por cento, se venha a concretizar. Daí que tenha dito à companhia alemã que há rotas onde é preciso mais de um operador. Em causa estão as ligações entre Bruxelas e Hamburgo, Berlim, Frankfurt, Basileia, Munique, Zurique e Genebra, segundo contou ao Publituris Karsten Benz, vice-presidente de vendas e serviços da companhia alemã.
“Mas como pode imaginar em algumas rotas não há procura para mais de um operador”, disse ainda o responsável, classificando isto como “um grande obstáculo”. Ainda assim, a Comissão Europeia deverá tomar uma decisão até Junho.
Em Setembro, a Luftansa anunciou que tinha chegado a acordo com o conselho de administração da Brussels para a compra de 45 por cento da transportadora belga, por 65 milhões de euros. O negócio contempla também a possibilidade da companhia alemã poder comprar os restantes 55 por cento, a partir de 2011.
Negócios à espera
Outro negócio que aguarda uma decisão é a compra de quase 42 por cento da Austrian Airlines que está na posse da holding estatal ÖIAG. “Estamos a juntar mais informação para fazer a pré-notificação à Comissão Europeia”, explica Karsten Benz, lembrando que além destas acções há mais títulos no mercado que podem ser comprados. Até Maio os accionistas da Austrian terão de tomar uma decisão e depois é altura para a Lufthansa fazer a notificação à Comissão Europeia de forma a que o executivo comunitário possa tomar uma decisão.
A notícia da compra foi avançada pela companhia alemã no final do ano passado e prevê que as acções detidas pela ÖIAG sejam compradas por 366,268 euros. As dívidas da Austrian – que até finais de Setembro de 2008 acumulava 903,8 milhões de euros negativos – levaram a Lufthansa a acordar com a ÖIAG que o estado austríaco assuma 500 milhões de euros da dívida. Este será também outro dos pontos a analisar pelo executivo europeu.
Também a compra de mais 50 por cento da British Midland está na fase de pré-notificação. “Nas próximas semanas faremos a notificação à Comissão Europeia e eles depois terão tempo para tomarem uma decisão acerca das medidas correctivas [remedies]”, avança o vice-presidente.
Negociações em Angola
Neste último caso, o negócio foi tornado público em Outubro do ano passado. De lembrar também que a Lufthansa já detinha 30 por cento da BMI, ficando agora – caso esta compra se concretize – com 80 por cento. Até aqui ainda não há qualquer tipo de decisão sobre se a companhia alemã vai comprar os restantes 20 por cento, ou mesmo vender os 80 por cento.
Paralelamente a estes negócios, a Lufthansa tem também mantido negociações com o governo angolano, de forma a aumentar as frequências para Luanda. Actualmente voam uma vez por semana para Angola. Segundo Karsten Benz, as negociações “não estão a ser tão fáceis” como era de esperar. “Mas estamos a tentar convencer as autoridades ao mostrar-lhes os números da rota”, revela.
Outra das formas de convencer o governo angolano é através da crescente aposta no continente. “O que tem sido provado com a aquisição da Brussels e também com o aumento de frequências para outros destinos em África”, refere o vice-presidente de vendas e serviços, classificando o continente como um “grande mercado”, com “muito potencial”.
Recentemente, a Brussels avançou ao Publituris que vai duplicar as frequências para Luanda através de um code-share com a TAAG. Isto significa que além de voar aos domingos, a Brussels vai também voar às quintas. Karsten Benz diz que esta notícia pode ajudar as operações do grupo Lufthansa – caso a Brussels venha a fazer parte do mesmo – mas mesmo assim, o objectivo é ter tráfego directamente da Alemanha. “A ideia de integrar a Brussels no nosso grupo é manter a marca e a identidade e também os direitos de tráfego da Bélgica”, explica.