Erro de interpretação atrasa ajuda de Bruxelas à Madeira
A Comissão Europeia não se comprometeu com qualquer valor de ajuda à Madeira, devido a um erro de tradução a referência à possibilidade de atribuição de 48 milhões de euros, esclareceu o Parlamento Europeu (PE), de acordo com a Lusa. A referência feita pelo comissário alemão Gunther Oettinger, responsável pela Energia, aos 48 milhões de… Continue reading Erro de interpretação atrasa ajuda de Bruxelas à Madeira
Fátima Valente
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A Comissão Europeia não se comprometeu com qualquer valor de ajuda à Madeira, devido a um erro de tradução a referência à possibilidade de atribuição de 48 milhões de euros, esclareceu o Parlamento Europeu (PE), de acordo com a Lusa.
A referência feita pelo comissário alemão Gunther Oettinger, responsável pela Energia, aos 48 milhões de euros para a Madeira “não foi clara na interpretação feita em várias línguas”, explica o PE num esclarecimento à imprensa.
“Podemos contemplar a possibilidade de 48 milhões de euros” no quadro do fundo de solidariedade dos 27, teria dito o comissário Gunther Oettinger, traduzido por várias cabines de interpretação do Parlamento Europeu na sessão plenária realizada quarta feira à noite.
No entanto, a versão original (em alemão) e a inglesa, esclarece o Parlamento, refere-se aos 48 milhões de euros que foram mobilizados para Portugal no passado, “no âmbito do Fundo de Solidariedade, devido aos fogos florestais de 2003”.
Os fogos florestais em Portugal provocaram prejuízos de 1,2 mil milhões de euros em 2003, tendo o país recebido uma ajuda de 48,5 milhões de euros do Fundo de Solidariedade da UE, verba a que o comissário europeu se terá referido.
“A Comissão Europeia fará o que estiver ao seu alcance para ajudar as pessoas da Madeira”, limitou-se a assegurar Gunther Oettinger em relação à Madeira.
Na realidade, a Comissão Europeia ainda não recebeu qualquer pedido formal do Governo português, mas Lisboa tem 10 semanas a partir da data do sinistro, portanto “até finais de Abril”, para accionar o mecanismo de solidariedade europeu.
A Comissão Europeia analisará em seguida o pedido antes de propor à autoridade orçamental (o Parlamento Europeu e o Conselho) a mobilização do fundo e o montante de auxílio que considera adequados.